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    Lava Jato

    Depoimento de tesoureiro não cria constrangimento, diz ministro

    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    05/02/2015 12h15

    O ministro Pepe Vargas (Relações Institucionais) afirmou nesta quinta-feira (5) que a condução coercitiva do tesoureiro do PT, João Vaccari, que foi levado a depor na Polícia Federal, não cria constrangimento para o governo.

    "Para o governo não cria constrangimento algum. Se houver o envolvimento de alguma pessoa do PT, o PT terá que tomar as atitudes que tem que ser tomadas. Vamos aguardar o desdobramento desses episódios", disse.

    Pedro Ladeira/Folhapress
    Pepe Vargas participa nesta quinta (5) da posse do novo ministro Mangabeira Unger
    Pepe Vargas participou nesta quinta (5) da posse do novo ministro Mangabeira Unger

    Em nova fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta quinta, Vaccari foi levado à PF, que espera obter informações sobre doações ao partido por empresas que mantinham contrato com a Petrobras.

    Em depoimento concedido em acordo de delação premiada, Pedro José Barusco Filho, ex-gerente de engenharia da Petrobras, estima que o PT tenha recebido entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões entre 2003 e 2013 de propina retirada dos 90 maiores contratos da Petrobras, como o da refinaria Abreu e Lima, em construção em Pernambuco.

    Barusco afirma que o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, teve "participação" no recebimento desse suborno. Vaccari Neto, de acordo com ele, ficou, até março de 2013, com US$ 4,5 milhões.

    "Nem sempre essas doações passam pelo caminho legal", afirmou o procurador Carlos Fernando Lima.

    Essa nova fase da operação tem como foco o pagamento de propinas na diretoria de Serviços da Petrobras e na BR Distribuidora.

    A PF afirma que 11 novos operadores, que intermediavam o pagamento de propina a agentes públicos das estatais, foram identificados.

    O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, é um dos operadores investigados. Ele nega irregularidades.

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