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    Renan diz que respeitará tamanho de partidos para presidência de comissões

    GABRIELA GUERREIRO
    DE BRASÍLIA

    10/02/2015 12h49

    Depois de bater boca com membros da oposição por ter indicado aliados para os cargos de comando do Senado, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) disse nesta terça (10) que vai respeitar o tamanho dos partidos na divisão das presidências das comissões permanentes da Casa.

    Renan afirmou que vai seguir o critério, previsto pelas regras do Senado, de que os partidos com maiores bancadas indiquem os presidentes das comissões.

    A regra deveria ter sido seguida na divisão dos cargos da Mesa Diretora, mas aliados de Renan indicaram nomes ligados ao peemedebista, o que deixou o PSDB e o PSB sem vagas no comando do Senado. Acusado pela oposição de "tratoraço" para agradar aliados que o escolheram presidente do Senado, Renan bateu boca no plenário com o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG).

    O peemedebista disse que a divisão dos comandos das comissões será feita levando em conta o tamanho das siglas. Como o PSDB é a terceira maior bancada do Senado, teria direito a escolher o comando de uma comissão depois do PMDB e o PT.

    "A composição das comissões se faz pela indicação dos blocos partidários. Quando não houver bloco, se faz pelo partido. Os líderes compõem as comissões, o mais idoso convoca e faz eleição para presidente", disse Renan.

    O PMDB, maior partido do Senado, vai escolher a presidência da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), considerada a mais importante da Casa. O partido ainda não escolheu o nome do senador que será indicado para o cargo, disputado por nomes como Romero Jucá (PMDB-RR) e Garibaldi Alves (PMDB-RN).

    O PT, segunda maior bancada, pretende pedir o comando da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos). O senador Delcídio Amaral (PT-MS) deve ser indicado para o cargo, que também é visado por outros membros da sigla.

    TUCANOS

    Líder do PSDB, o senador Cássio Cunha Lima (PB) disse que o partido ainda vai definir qual comissão pretende comandar. A sigla não descarta pedir o comando da Comissão de Infraestrutura, mas ainda vai discutir o assunto internamente na bancada.

    "O que se espera com o mínimo de bom senso é que, nas comissões, a proporcionalidade dos partidos seja respeitada. As comissões são nossa atribuição legislativa, não vamos abrir mão delas. Seria um golpe retirar da oposição o comando de pelo menos uma comissão", disse o tucano.

    Aliado de Renan, Jucá afirmou que as definições sobre o comando das comissões deve ocorrer só depois do carnaval. Até lá, o peemedebista disse esperar que o clima de "racha" com a oposição seja revertido no Senado. "Vamos apelar para o bloco simpatia é quase amor, diminuir as tensões, esperar a poeira baixar, para que isso seja definido", disse o senador.

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