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    PMDB elege como líder do partido na Câmara deputado que apoiou Aécio

    MÁRCIO FALCÃO
    RANIER BRAGON
    DE BRASÍLIA

    11/02/2015 13h36

    Pedro Ladeira - 11.fev.15/Folhapress
    O deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ, ao centro), durante votação que o elegeu líder do partido na Câmara
    O deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ, ao centro), eleito o novo líder do partido na Câmara

    Sofrendo derrotas em série na Câmara dos Deputados, a presidente Dilma Rousseff viu o PMDB, seu principal aliado no Congresso, eleger nesta quarta-feira (11) o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) como líder da bancada.

    O parlamentar é considerado da ala rebelde do partido e fez campanha para o senador Aécio Neves (PSDB-MG) na disputa pela Presidência no ano passado, que acabou derrotado pela petista.

    Questionado sobre qual a relação do partido com o Planalto, o peemedebista afirmou que "a medida exata" da postura de atuação ainda será discutida pela bancada. O novo líder, no entanto, afirmou que o PMDB "sempre garantiu a governabilidade e tem consciência dessa responsabilidade".

    Picciani afirmou que não há restrições para negociações com Planalto e que a interlocução será feita com os ministros responsáveis pela articulação política.

    Diante de um cenário que promete turbulências econômicas, Picciani afirmou que o partido terá responsabilidade com as contas públicas. "Todos os projetos serão estudados e debatidos. Teremos uma postura de responsabilidade, de não apoiar medidas que causem impacto financeira."

    De acordo com Picciani, o partido não impedirá as investigações na Operação Lava Jato, mesmo que chegue a nomes de parlamentares da legenda envolvidos no escândalo da Petrobras.

    Em meio à expectativa de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, possa denunciar ainda neste mês os políticos envolvidos no esquema, o líder afirmou que o PMDB defenderá investigações cortando na própria carne.

    "Se houver nomes do PMDB, cada um responda por suas atitudes. O PMDB não tem atuação partidária na Lava Jato. Se houver indivíduos envolvidos, eles que respondam", disse.

    O deputado fluminense foi eleito por apenas um voto de diferença, vencendo o deputado deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) por 34 votos a 33, o que explicitou um racha na bancada. Ele contou com o apoio do governador Luiz Fernando Pezão (Rio) e do prefeito Eduardo Paes.

    O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), comandou a votação.

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