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    Dirceu trabalha em novo escritório de advocacia e terá salário de R$ 4 mil

    SEVERINO MOTTA
    DE BRASÍLIA

    12/02/2015 20h47

    O ex-ministro José Dirceu, condenado a 7 anos e 11 meses de prisão no processo do mensalão está trabalhando desde o último dia 26 no escritório de advocacia Tessele & Madalena, no centro de Brasília. Contratado como assistente administrativo, irá receber R$ 4 mil por mês pelos serviços.

    No ano passado, Dirceu chegou a trabalhar noutro escritório de advocacia, de José Gerardo Grossi, também em Brasília. Com o serviço, pôde descontar dias de sua pena e antecipar sua progressão para o regime aberto, que aconteceu em novembro passado.

    Desde então Dirceu estava sem trabalhar. Chegou a cogitar uma alteração em sua antiga empresa de consultoria e a usaria para vender textos e palestras, o que acabou não acontecendo.

    No regime aberto, cumprido em prisão domiciliar, o condenado é obrigado a passar todas as noites em sua residência, não pode frequentar bares e nem sair da cidade sem autorização da Justiça. Para a garantia do benefício, no entanto, é preciso estar trabalhando.

    Dirceu tinha 90 dias para enviar à Justiça comprovação de novo emprego. No documento, assinado pelos advogados José Luis Oliveira Lima, Rodrigo Dall'Acqua e Anna Luiza de Sousa, foram encaminhados o contrato e carteira de trabalho do ex-ministro assinada por seus novos patrões.

    ESCRITÓRIO

    O escritório Tessele & Madalena já foi parceiro do antigo escritório de advocacia de Dirceu, o Oliveira e Silva e Ribeiro Advogados. Eles tiveram um contrato de sociedade e o Tessele pagava o aluguel de quartos num hotel de Brasília, que era usado pelo ex-ministro.

    Encontros de Dirceu com deputados, senadores e com o ex-presidente da Petrobras no local foram alvos de uma matéria da revista "Veja" em 2011. À época, o escritório emitiu nota dizendo que havia um acordo de cooperação técnica com a banca de Dirceu.

    O ex-ministro, em Brasília, era liberado para usar a estrutura alugada por Tessele & Madalena, assim como os advogados parceiros podiam usar o escritório de Dirceu em São Paulo.

    A Folha tentou entrar em contato com a Tessele & Madalena mas ninguém atendeu aos telefonemas no escritório nesta noite.

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