O jornalista Eduardo Scolese, 39, acredita que o jornal só conseguiu ter acesso ao vídeo com as imagens da rebelião no complexo de Pedrinhas porque a Folha sempre deixou clara sua posição de independência em relação ao governo estadual.

"Dois elementos do jornalismo foram essenciais para essa série de reportagens. O primeiro deles é o de respeitar e manter como fonte primária de informação atores políticos fora dos palácios de governo. Foi dessa forma que um integrante do sindicato dos agentes penitenciários do Maranhão me procurou e enviou o vídeo da barbárie", disse Scolese.

Hoje editor do caderno "Cotidiano", Scolese também destaca "o papel importantíssimo do repórter-fotográfico" como parceiro do repórter numa apuração complicada como essa nos presídios de São Luís. "Essa soma de esforços é fundamental."

Formado em jornalismo pela Fiam, com especialização na PUC, Scolese foi repórter da Sucursal de Brasília e coordenador da Agência Folha. É autor de "Pioneiros do MST" (Record) e "A reforma agrária" (Publifolha), e coautor de "Eleições na Estrada" (com Hudson Correa, pela Publifolha) e "Viagens com o Presidente" (com Leonencio Nossa, pela Record).

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