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    Dilma faz afago a vice de olho no PMDB

    DE BRASÍLIA

    23/02/2015 02h00

    Pressionada a refazer pontes com o PMDB, a presidente Dilma Rousseff fez neste domingo (22) um aceno ao vice-presidente Michel Temer, considerado o principal expoente do partido aliado.

    A petista destacou o perfil conciliador do peemedebista e o classificou como um "grande articulador de consensos na política brasileira".

    Dilma afirmou ainda que Temer "tem responsabilidades essenciais", como o "auxílio na condução" de seu governo. O afago ocorre depois que a Folha publicou reportagem que tratava do distanciamento entre os dois.

    Em nota, a Secretaria de Comunicação da Presidência afirmou que as informações não tinham fundamento e que Dilma e Temer "mantêm uma aliança e amizade permanentes, para além das intrigas".

    Dilma nunca teve uma relação próxima com seu vice, mas a situação se agravou no início do segundo mandato, especialmente depois que Temer apoiou a candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considerado desafeto do Palácio do Planalto, para a presidência da Câmara.

    Dilma e Temer só estiveram juntos acompanhados de outras pessoas em atividades institucionais. Desde a disputa pelo comando do Legislativo, o vice-presidente foi colocado na "geladeira" palaciana, motivando ataques, inclusive, entre peemedebistas.

    Diante de um cenário turbulento na política e na economia, a presidente chegou a ser aconselhada pelo ex-presidente Lula a buscar entendimento com o Congresso e principalmente com o PMDB.

    O petista procurou alertar o Planalto de que o governo precisa dos congressistas para conter a inflação e garantir a aprovação das medidas de ajuste fiscal propostas pela equipe econômica.

    Há problemas com o PMDB na Câmara e no Senado que prometem dificultar a vida do governo com a aprovação de propostas com impacto nos cofres públicos.

    Com os problemas da articulação política da equipe de Dilma com o Congresso, o vice-presidente decidiu oferecer um jantar nesta segunda-feira (23) ao ministro Joaquim Levy (Fazenda) com a cúpula do PMDB numa tentativa de discutir as medidas do ajuste fiscal e abrir um novo canal de interlocução.

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