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    Lava Jato

    Juiz pede ajuda a 4 países para ouvir testemunhas de Fernando Baiano

    DE SÃO PAULO

    03/03/2015 16h46

    O juiz Sergio Moro, responsável pelas Operação Lava Jato -que investiga um esquema de corrupção na Petrobras–, pediu ajuda para que testemunhas no exterior arroladas por Fernando Soares possam ser ouvidas.

    Fernando Baiano, como é conhecido, arrolou testemunhas em três países –Japão, na Coreia do Sul e Holanda–e nas Ilhas Cayman, um paraíso fiscal do Caribe. Moro solicitou às autoridades locais assistência jurídica de acordo com convenção contra a corrupção adotada pela ONU.

    Tanto a defesa de Baiano –operador que, apontam as investigações, estaria vinculado ao PMDB– quanto Moro pretendem ouvir as testemunhas.

    O Ministério Público Federal acusa Baiano de intermediar a contratação pela Petrobras da empresa Samsung Heavy Industries para fornecimento de navios-sonda de perfuração de águas profundas.

    O ex-executivo da Toyo Setal Julio Camargo e o ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró também respondem à mesma ação.

    Segundo as investigações, Fernando Baiano e Cerveró dividiram US$ 15 milhões, pelo negócio de um dos navios (no valor de US$ 586 milhões), e US$ 25 milhões na outra compra, cujo valor total foi de US$ 626 milhões. Camargo teria levado US$ 25 milhões na primeira compra e US$ 33 milhões na segunda.

    Da Holanda, foi arrolado Claudio Castejon, diretor da Petrobras International Braspetro BV, uma importadora da Petrobras. Na Coreia do Sul, J. W. Kin e Harris Lee, respectivamente presidente e vice-presidente da Samsung Heavy Industries.

    No Japão, pretendem ouvir Ishiro Inagaki (o documento não informa onde ele trabalha), e nas Ilhas Cayman, Yasuyuki Fujitani, diretor da Japan Drilling Investiment.

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