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    Dilma defende ajuste fiscal e ouve cobranças de aliados

    MARIANA HAUBERT
    MÁRCIO FALCÃO
    JOÃO CARLOS MAGALHÃES
    DE BRASÍLIA

    05/03/2015 02h00

    Após sucessivas derrotas no Congresso, a presidente Dilma Rousseff se reuniu nesta quarta (4) com aliados do Senado e da Câmara para defender o ajuste fiscal, mas foi cobrada a ouvir sua base antes do envio de propostas.

    A conversa ocorre um dia após o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), devolver ao governo a medida provisória que aumentava tributos pagos por empresas de vários setores.

    Líderes da base também cobraram Dilma sobre a demora em enviar ao Congresso uma nova proposta de reajuste do Imposto de Renda.

    Eles lembraram que o veto ao reajuste de 6,5% na tabela do IR poderá ser votado a qualquer momento, já que entra obrigatoriamente, a partir desta quarta, na pauta da próxima sessão conjunta do Congresso. A maioria já sinalizou que derrubará a decisão de Dilma.

    Moacyr Lopes Junior - 4.mar.2015/Folhapress
    O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defensor do ajuste fiscal, em São Paulo
    O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defensor do ajuste fiscal, em São Paulo

    Segundo o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), foi o líder do PMDB na Casa, Eunício Oliveira (CE), quem fez o alerta e pediu envio rápido de uma alternativa, caso o governo a tenha.

    Há duas semanas, Dilma afirmou que insistirá na correção de 4,5%, alegando que não há recursos para bancar um reajuste maior. Segundo ela, qualquer valor acima disso será vetado novamente.

    Em 2014, o Congresso aprovou um reajuste de 6,5%, valor próximo da inflação daquele ano, 6,41%. No entanto, Dilma vetou os 6,5% em janeiro argumentando que a isso levaria à renúncia fiscal de R$ 7 bilhões. Ela se comprometeu a enviar uma nova proposta, mas ainda não a fez.

    Com os líderes da Câmara, Dilma fez uma defesa rápida do ajuste fiscal e pediu apoio.

    Segundo relatos, ela admitiu que o momento é delicado. Defendeu que as medidas não retiram direitos dos trabalhadores, mas são uma garantia diante das fraudes.

    Dilma também defendeu a Petrobras, falando que não há risco da empresa não deslanchar. E prometeu fazer reuniões individuais com as bancadas governistas e encontros quinzenais com o colégio de líderes.

    Participaram da reunião os ministros Pepe Vargas (Relações Institucionais), Nelson Barbosa (Fazenda), e Aloísio Mercadante (Casa Civil).

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