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    Lava Jato

    Advogado diz que investigadores 'insistiram' sobre Aécio com Youssef

    ANDRÉIA SADI
    DE BRASÍLIA

    05/03/2015 09h58

    O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse nesta quinta-feira (5) que o Ministério Público "insistiu" em perguntas sobre Aécio Neves (PSDB-MG) com o Alberto Youssef.

    O doleiro fechou um acordo de delação premiada com a Justiça Federal e revelou envolvimento de uma série de políticos com esquema de corrupção na Petrobras em troca de redução de pena.

    "Soube como tinha sido o depoimento e que, na verdade, tinham insistido, o MP, em perguntas sobre o Aécio em momentos distintos: o primeiro pouco antes das eleições e o segundo agora em fevereiro", afirmou Kakay.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Nesta quarta-feira (4), a Folha revelou que o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, recomendou ao STF (Supremo Tribunal Federal) o arquivamento de pedido de inquérito contra o tucano por citações na Operação Lava Jato.

    Quando surgiram as especulações de que o senador poderia estar na lista de Janot, há uma semana, o criminalista foi contratado por Aécio. Segundo Kakay, que também atuou para Youssef na fase inicial da operação, o doleiro lhe garantiu que nunca "tinha feito nada com Aécio".

    "Youssef não queria responder pois não sabia de nada, apenas tinha ouvido o José Janene falar. E ouvir dizer não é nada.É ilegal esta postura. Delação tem que ser voluntária, não pode ser dirigida contra", critica Kakay.

    Em delação, Youssef afirmou ter ouvido dizer que o senador tinha influência sobre negócios em uma diretoria de Furnas, no fim do governo Fernando Henrique Cardoso.

    DILMA

    Janot também recomendou ao STF que não abra investigações sobre a presidente Dilma Rousseff. O Supremo deverá acatar a recomendação ainda nesta semana, e com isso Dilma e Aécio não serão alvo de inquéritos.

    Ainda não está claro o contexto das menções feitas a Dilma e Aécio nos depoimentos, porque os documentos enviados por Janot ao ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Operação Lava Jato no STF, são sigilosos.

    Editoria de Arte/Folhapress

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