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    Lava Jato

    'Seria salvar o que não deve ser salvo', diz FHC ao rejeitar pacto com Dilma

    DE SÃO PAULO

    07/03/2015 13h14

    O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) divulgou nota neste sábado (7) em que rejeita a tese de promover um pacto pela governabilidade com aliados da presidente Dilma Rousseff (PT). No texto, o tucano diz que "qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo".

    A nota é uma resposta a reportagem publicada pela Folha neste sábado que mostra que, assediado por governistas, o ex-presidente tem admitido a aliados a hipótese de uma aproximação com a presidente petista, na tentativa de ajudar a achar uma saída para as crises política e econômica.

    Segundo a Folha apurou, FHC tem se reunido com interlocutores do Planalto e discutido os efeitos da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras. Em sua resposta, FHC diz que "o momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Este quer antes de mais nada que se passe a limpo o caso do Petrolão".

    O ex-presidente diz ainda que "cabe sim que as forças sociais, econômicas e políticas se organizem e dialoguem sobre como corrigir os desmandos do lulo-petismo que levaram o país à crise moral e a economia à recessão."

    Também em nota, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) chamou de "delírio sem qualquer fundamento na realidade" a tese de um acordo pela governabilidade de Dilma. "A condição para tirar o Brasil da crise é tirar o PT do poder", disse.

    Ele disse ainda que a oposição tem o dever de "travar um combate sem tréguas ao desastre ético e administrativo do lulo-dilmo-petismo para nos credenciarmos cada vez mais a derrotá-los nas ruas e no voto". "Abraço de afogados? Estamos inequivocamente fora", encerra.

    Raquel Cunha - 5.ago.2014/Folhapress
    O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso participa de evento em São Paulo
    O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso participa de evento em São Paulo

    Leia abaixo a íntegra da nota.

    O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Este quer antes de mais nada que se passe a limpo o caso do Petrolão: quer ver responsabilidades definidas e contas prestadas à Justiça.

    Qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo.

    Cabe sim que as forças sociais, econômicas e políticas se organizem e dialoguem sobre como corrigir os desmandos do lulo-petismo que levaram o país à crise moral e a economia à recessão

    Fernando Henrique Cardoso

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