• Poder

    Thursday, 02-May-2024 20:01:51 -03

    Lava Jato

    Alvos da Lava Jato ocupam postos-chave no Congresso Nacional

    AGUIRRE TALENTO
    DIMMI AMORA
    GABRIEL MASCARENHAS
    MÁRCIO FALCÃO
    MARIANA HAUBERT
    RUBENS VALENTE
    DE BRASÍLIA

    09/03/2015 02h00

    Dos 34 parlamentares que serão investigados no STF (Supremo Tribunal Federal) por suspeita de participação no esquema de corrupção da Petrobras, 11 ocupam postos de comando no Congresso.

    A lista tem ainda integrante da CPI da Petrobras e do Conselho de Ética da Câmara, colegiados responsáveis por apurar irregularidades na estatal e eventuais desvios de conduta de congressistas.

    A cúpula do Senado foi atingida em cheio. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), o segundo-vice-presidente, Romero Jucá (PMDB-RR), e o terceiro-secretário, Gladson Cameli (PP-AC), estão entre os alvos dos inquéritos abertos na sexta-feira (06) no Supremo.

    Na Câmara, dois ocupantes da Mesa Diretora também devem explicações à Justiça: o presidente, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o primeiro-vice, Waldir Maranhão (PP-MA).

    Dois senadores elencados pelo governo para reconstruir pontes do Planalto com aliados também aparecem entre os investigados: o líder do partido, Humberto Costa (PE), e Gleisi Hoffmann (PR), vice-presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a mais importante da Casa.

    Senadores que lideram o PTB, Fernando Collor (AL), e o PP, Benedito de Lira (AL), engrossam a relação de políticos que serão investigados.

    Completam o grupo os deputados Arthur Lira (PP-AL), que preside a CCJ, e o líder do PP, Eduardo da Fonte (PE).

    Lira já responde no Supremo por lavagem de dinheiro, além de ser alvo de outro inquérito, em que é suspeito de ter agredido sua ex-mulher.

    O STF vai se debruçar ainda sobre os casos dos deputados Lazaro Botelho (PP-TO), membro do Conselho de Ética, e Sandes Junior (PP-GO), suplente na CPI da Petrobras da Câmara.

    O PPS deve ingressar na próxima semana com pedido de abertura de processo de cassação contra todos os deputados suspeitos de envolvimento com o esquema. Cunha e líderes da Casa alegam que a abertura de inquérito não representa culpa e, portanto, ainda não há justificativa para representações por quebra de decoro parlamentar.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024