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    Professores decidem encerrar greve que já durava quase um mês no PR

    FELIPE BÄCHTOLD
    DE CURITIBA

    09/03/2015 12h50

    Os professores da rede estadual do Paraná decidiram na manhã desta segunda-feira (9) suspender a greve que já durava quase um mês no Estado.

    A decisão ocorre após o governo de Beto Richa (PSDB) ter obtido uma liminar no Tribunal de Justiça determinando a volta ao trabalho, sob pena de multa diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento.

    Em assembleia realizada em um estádio de Curitiba pela manhã, a categoria votou a favor da permanência de um "estado de greve", mas com a volta às aulas a partir da quinta-feira. Os próximos dias serão destinados à reorganização das escolas e planejamento do ano letivo.

    Gisele Pimenta/Frame/Folhapress
    Professores em greve no Paraná fazem manifestação contra Beto Richa em Curitiba
    Professores em greve no Paraná fazem manifestação contra Beto Richa em Curitiba

    Na semana passada, sindicalistas se reuniram com representantes do governo em um encontro mediado pelo Judiciário. Um dos principais pontos de divergência é a intenção do governador de fazer alterações na Previdência do Estado. A proposta governista apresentada no início do ano foi retirada, mas o assunto deve voltar a ser debatido nos próximos meses.

    Conforme a decisão do sindicato, a paralisação pode ser retomada a qualquer momento caso o governo descumpra promessas, como o pagamento de benefícios atrasados e a redistribuição de professores na rede de ensino.

    A greve afetou quase 1 milhão de alunos e foi a face mais visível da mobilização do funcionalismo estadual contra o governo Beto Richa. Em fevereiro, servidores promoveram intensos protestos que fizeram a bancada governista recuar em um pacote de medidas que revia benefícios aos funcionários públicos e que alterava a composição dos fundos previdenciários.

    O plenário da Assembleia foi invadido e os deputados acabaram desistindo do projeto. Para o governo, as medidas são necessárias para enfrentar a crise nas contas públicas estaduais. Com problemas de caixa, o Estado atrasou o pagamento de benefícios nos últimos meses. Richa também enfrentou greve nas universidades estaduais e no Detran.

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