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    Mulheres e MST protestam em 14 Estados do Brasil

    DE SÃO PAULO

    09/03/2015 21h32

    Mulheres trabalhadoras fizeram protestos em 14 Estados do país nesta segunda-feira (9), segundo o Movimento Sem Terra (MST). As manifestações, apoiadas pelo movimento, fizeram parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres em função do Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março.

    Em Luziânia (GO), 800 camponesas ocuparam a unidade fabril da multinacional alimentícia Bunge durante a manhã. A fábrica foi desocupada antes do meio-dia.

    Em seguida, as mulheres seguiram para Brasília, para acompanhar a cerimônia de sanção da Lei do Feminicídio, anunciada pela presidente Dilma Rousseff. Em nota, a empresa afirmou que irá adotar medidas legais e que não é possível avaliar a "extensão dos danos e impactos econômicos".

    Reprodução/Facebook/MST
    Manifestação de mulheres na porta da Bunge, em Luziânia-GO
    Manifestação de mulheres na porta da Bunge, em Luziânia-GO

    Na capital, Goiânia, um grupo de trabalhadoras rurais ocupou o prédio da Secretaria de Fazenda do Estado. Elas pediam a aprovação do projeto de lei que prevê o repasse de 0,5% do orçamento para políticas de agricultura familiar, que está parado desde 2013 na Casa Civil de Goiás. Elas foram recebidas por representantes do governo do Estado que afirmaram que o projeto será encaminhado até esta quarta-feira (11) para Assembleia Legislativa de Goiás.

    A Casa Civil do Estado de Goiás não respondeu à reportagem da Folha.

    No Espírito Santo, um trecho da ES 259, próximo à cidade de Colatina também foi interditado e liberado no início da tarde. Em Cárceres (MT), 300 trabalhadoras marcharam pelas ruas da cidade e em seguida ocuparam uma fazenda no mesmo município.

    Reprodução/Facebook/MST
    Rodovia é fechada pelas mulheres camponesas em Colatina-ES
    Rodovia é fechada pelas mulheres camponesas em Colatina-ES

    Houve marchas também em Vitória da Conquista (BA), Picos (PI) e em Quixeramobim (CE).

    Na Paraíba, as trabalhadoras ocuparam a sede do INCRA na capital João Pessoa e bloquearam a entrada de uma usina de açúcar em Pedras do Fogo, no litoral. Um acampamento foi montado no local.

    MANIFESTAÇÕES CONTINUAM

    Outros protestos estão marcados para esta semana, segundo do o MST. Na pauta das reivindicações estão denúncias das condições precárias de trabalho da mulheres no campo, mudanças no modelo do agronegócio brasileiro, maiores repasses à políticas de agricultura familiar, incentivo à agroecologia como alternativa ao capital estrangeiro na agricultura.

    Procurado pela Folha, o MST não informou sobre os próximos protestos e não fez um balanço sobre os atos desta segunda.

    Colaborou NICOLAS ANDRADE

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