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    Nelson de Sá: Redes de TV tratam de esfriar o panelaço das redes sociais

    NELSON DE SÁ
    DE SÃO PAULO

    10/03/2015 02h00

    O panelaço foi convocado via WhatsApp a partir de sexta, avançou por Facebook e outras redes sociais até o domingo, mas só ocupou as redes de televisão na segunda. E com enunciados e comentários buscando evitar ampliar a radicalização.

    Desde a manhã, a Globo reproduziu vídeos gravados em todo o país, anotando porém serem "protestos em alguns bairros de algumas cidades", bairros como Morumbi, Barra da Tijuca, Ipanema.

    Em suma, comentou Renata Lo Prete no "Bom Dia Brasil", "esse protesto nem de longe foi uniforme, aconteceu em alguns bairros, não aconteceu em outros". De qualquer maneira, "seria um erro do governo reduzir essa diferença a uma disputa entre ricos e pobres".

    Fim da tarde e a Bandeirantes trazia o apresentador policial José Luiz Datena esbravejando sobre o panelaço: "Eleição é armadilha para idiotas. No Brasil, nós somos todos idiotas". Já o âncora Ricardo Boechat, abrindo o "Jornal da Band", questionou um eventual impeachment de Dilma, dizendo nada haver contra ela e alertando que em seu lugar entraria "o Michel Temer, do PMDB".

    No "SBT Brasil", entre sorrisos irônicos da apresentadora Rachel Sheherazade, mas sem opinião, o comentarista Kennedy Alencar disse que o governo está preocupado que o panelaço estimule o protesto do próximo domingo, que agora "pode ser o primeiro ato de vários".

    Com menos atenção do que os outros telejornais, o principal noticiário do país, o "Jornal Nacional", deixou o panelaço em terceiro plano –destacando antes de mais nada, na voz do editor-chefe William Bonner, que "Políticos citados na lista dos investigados na Operação Lava Jato se defendem no Congresso". Em seguida, "Supremo divulga novos trechos das delações", mencionando José Dirceu e Sérgio Cabral.

    E só então, pela voz de Renata Vasconcellos, a escalada da Globo foi lembrar, em tom muito contido, que "o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff e o panelaço provocam reações do governo e da oposição".

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