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    Solidariedade vai anunciar campanha por impeachment de Dilma

    AGUIRRE TALENTO
    GABRIELA GUERREIRO
    MÁRCIO FALCÃO
    DE BRASÍLIA

    11/03/2015 16h29

    O Solidariedade, partido do deputado Paulinho da Força (SP), vai lançar nesta quinta-feira (12) uma campanha pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.

    É a primeira campanha oficial que um partido lança pela saída de Dilma. Paulinho é um dos mais ferrenhos adversários da presidente e comanda a Força Sindical, central de trabalhadores.

    O deputado afirmou que encomendou estudos com teses jurídicas sobre o afastamento da presidente, que fundamentariam o impeachment.

    Segundo ele, o partido quer fazer uma consulta popular sobre o afastamento, com o objetivo de dar força à tese. O anúncio da campanha será na liderança do Solidariedade em Brasília.

    A Folha apurou que Paulinho já teve conversas sobre o assunto com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que tem mostrado um crescente descontentamento com o Palácio do Planalto.

    O caminho para o Impeachment; Crédito William Mur/Editoria de Arte/Folhapress

    PSDB

    O PSDB avalia que, por enquanto, não há elementos para um pedido de impeachment. Nesta segunda-feira (9), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que "não adianta nada tirar a presidente". O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) -ex-candidato a vice na chapa de Aécio Neves- também disse ser contra o impeachment. O tucano afirmou que prefere ver a petista "sangrar" nos próximos quatro anos, quando encerrará o seu segundo mandato.

    "Não quero que ela saia, quero sangrar a Dilma, não quero que o Brasil seja presidido pelo Michel Temer (PMDB)", disse Nunes Ferreira. Ele é defensor dos protestos agendados para este domingo (15).

    O senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional do partido, afirmou nesta quarta (11) que o PSDB dá apoio "irrestrito" aos atos antigoverno e estimula seus militantes a comparecerem -mas que ele próprio não estará nas ruas.

    Para o senador, o apoio da sigla às manifestações não pode ser entendido como um apoio aos pedidos de impeachment de Dilma. "Não [é um apoio ao impeachment]. Não proibimos nem estamos proibidos de dizer a palavra impeachment. Ela apenas não está na agenda do PSDB. Essa não é, nesse momento, a agenda do PSDB."

    Mapa dos protestos de março de 2015; Crédito Rubens Fernando/Editoria de arte/Folhapress

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