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    Grupos recorrem a vaquinha e doação para atos

    DE SÃO PAULO
    DE BELO HORIZONTE
    DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

    12/03/2015 02h00

    Para atrair simpatizantes para as manifestações contra a presidente Dilma Rousseff marcadas para domingo (15), grupos organizadores recorrem a vaquinhas pelo WhatsApp (aplicativo de conversas via celular), doações, carros de som e até outdoors.

    Em Belo Horizonte, o MBL (Movimento Brasil Livre) recebeu como doação anônima 25 mil panfletos que chamam para o ato. Segundo Elias Fernandes, 17, um dos coordenadores locais do grupo, o doador não quis se identificar "porque talvez ele concorde com a causa, mas não queira comprometer o seu negócio".

    "Tenho a garantia de que não é nenhum político. Nossa preocupação muito grande é essa, porque somos um movimento apartidário."

    Já em Ribeirão Preto (SP), dois carros de som começaram a circular e 30 contratados irão distribuir panfletos.

    "Vamos protestar contra a roubalheira. O povo não é otário! Você nos traiu, agora aguenta a buzina! Neste domingo vamos para a praça reclamar, chega de ser otário deste governo!", diz o áudio gravado pelo coordenador regional do PV, André Rodini.

    Nove profissionais liberais, entre engenheiros, advogados, arquitetos e empresários, doaram R$ 600 cada um, diz.

    Em Alagoas, Bahia e Piauí, o MBL tem forte apoio da classe médica, com representantes entre os líderes e doações.

    "O governo nos culpou pela crise na saúde, isso gerou um sentimento de revolta. Não é só por causa do Mais Médicos, não", diz Adriana Souza, 38, à frente do MBL e do Vem Pra Rua em Teresina.

    Em Maceió, o MBL calcula ter vendido 3.000 camisas e pretende distribuir 200 mil panfletos. Recebeu doações de gráficas, fogos de artifício e desconto na locação de trio. O protesto do domingo deve custar cerca de R$ 30 mil.

    "A gente se banca. Temos 80 grupos de WhatsApp só em Maceió, onde fazemos vaquinhas. Um dá R$ 50, o outro, R$ 100", afirma o médico e representante do MBL Henrique Arruda, 43.

    Na Bahia, o Sindicato dos Médicos e a Associação Baiana de Medicina decidiram em assembleia participar do ato na capital. Eles irão publicar anúncios e imprimir panfletos convocando a categoria.

    Em Vitória, o MBL instalou um outdoor com a mensagem: "O Brasil vai parar".

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