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    Lava Jato

    Acesse a íntegra dos depoimentos da delação do doleiro Alberto Youssef

    DE SÃO PAULO

    12/03/2015 11h00

    Preso quando a primeira fase Operação Lava Jato foi deflagrada, há cerca de uma ano, o doleiro Alberto Youssef fechou acordo de delação premiada em setembro e passou a colaborar com as autoridades em troca de penas mais brandas.

    Mesmo com a entrega de todos os seus bens ilícitos, Youssef cumprirá alguns anos de prisão em regime fechado pois descumpriu acordo de delação que assinou em 2004, quando foi investigado por sua participação no escândalo do Banestado, banco do governo do Paraná.

    Ele havia se comprometido a deixar o mercado paralelo de dólares, mas, em vez disso, aumentou o volume de seus negócios. Sem o novo acordo, Youssef, 46, poderia ficar mais de vinte anos no regime fechado pelos crimes investigados na Lava Jato.

    Vagner Rosario - 4.fev.2015/Futura Press/Folhapress
    O doleiro Alberto Youssef, que hoje colabora com a justiça
    O doleiro Alberto Youssef, que hoje colabora com a justiça

    Os depoimentos dados pelo doleiro ao Ministério Público Federal foram tornados públicos por ordem do ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal). Na última sexta-feira (6), Teori divulgou lista com 50 investigados pela operação e tirou o sigilo dos 28 pedidos de abertura de inquérito contra deputados e senadores acusados de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.

    Também foram liberados os depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o primeiro investigado a firmar um acordo de delação premiada.

    Youssef era responsável por lavar dinheiro desviado e repassá-lo a políticos.

    Acesse a íntegra dos depoimentos do doleiro:

    *

    Depoimento 1
    2/10/2014 - Explicação geral sobre o esquema de corrupção, com indicações sobre os dirigentes da Petrobras, empreiteiras e políticos envolvidos nos crimes

    Depoimento 2
    3/10/2014 - Detalha o esquema de corrupção descrito no depoimento 1. Diz que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a presidente Dilma Rousseff (PT), e os ex-ministros Antonio Palocci (PT) e José Dirceu (PT), entre outros, sabiam sobre esquema.

    Depoimento 3
    6/10/2014 - Explica como funcionava o cartel de empresas na Petrobras e a estrutura para remeter dinheiro ao exterior

    Depoimento 4
    6/10/2014 - Relata como as empresas de fachada dele, como a GFD e a MO Consultoria, eram usadas no esquema de corrupção da Petrobras

    Depoimento 5
    9/10/2014 - Aponta a participação do consultor Julio Camargo no esquema e diz que o consultor tinha ligações com o ex-ministro José Dirceu e o PT

    Depoimento 6
    9/10/2014 - Continua explicação sobre atuação do consultor Julio Camargo e aponta participação do empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, como operador do PMDB

    Depoimento 7
    9/10/2014 - Apresenta mais detalhes sobre participação do consultor Julio Camargo e a ligação dele com o PT

    Depoimento 8
    10/10/2014 - Explica como o consultor Julio Camargo fazia a lavagem de dinheiro do esquema

    Depoimento 9
    13/10/2014 - Continua detalhamento sobre lavagem de dinheiro feita pelo consultor Julio Camargo

    Depoimento 10
    13/10/2014 - Relata operação para pagamento de propina da antiga Pirelli Cabos Elétricos para fiscais de ICMS de São Paulo

    Depoimento 11
    13/10/2014 - Detalha ligação do consultor Julio Camargo com o ex-ministro José Dirceu (PT). Diz que Dirceu usava avião Citation Excel de Camargo e que o ex-ministro era referido como "Bob" na contabilidade do consultor.

    Depoimento 12
    13/10/2014 - Explica como o consultor Julio Camargo atuou para intermediar pagamento de propina em contrato de fretamento de navio da Petrobras para a empresa Mitsui

    Depoimento 13
    13/10/2014 - Aponta pagamento de propina pela empresa Samsung ao PMDB para assinatura de contrato de contrato de aluguel de navio plataforma. Diz que parte do valor deveria ser repassada ao deputado federal e presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

    Depoimento 14
    14/10/2014 - Relata como políticos do PP (Partido Progressista) foram destinatários do esquema de corrupção na Petrobras

    Depoimento 15
    14/10/2014 - Afirma que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa recebia propinas em contratos de aluguel de navios com a ajuda do genro dele chamado Humberto.

    Depoimento 16
    14/10/2014 - Aponta propinas pagas pela empresa Braskem

    Depoimento 17
    14/10/2014 - Relata pagamento de propinas para mais de 20 políticos do PP (Partido Progressista) e que os dirigentes mais graduados da legenda recebiam até R$ 300 mil por mês

    Depoimento 18
    15/10/2014 - Aponta remessas de valores para o deputado José Mentor (PT-SP) e o ex-deputado André Vargas

    Depoimento 19
    15/10/2014 - Detalha negócios envolvendo fundos de pensão e a empresa Marsans

    Depoimento 20
    21/10/2014 - Descreve esquema de corrupção na estatal Furnas. Afirma ter ouvido dizer que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) teria influência sobre uma das diretorias da estatal.

    Depoimento 21
    21/10/2014 - Aponta pagamento de propinas envolvendo o IRB (Instituto de Resseguros Brasil) e os partidos PP e PTB

    Depoimento 22
    21/10/2014 - Relata propina de laboratórios em contratos com a Anvisa

    Depoimento 23
    21/10/2014 - Indica operações feitas para o empresário Pedro Paulo Leoni Ramos

    Depoimento 24
    23/10/2014 - Aponta o pagamento de propinas em contratos da estatal de trens CBTU para o PP (Partido Progressista)

    Depoimento 25
    23/10/2014 - Relata suspeita de que foi montada uma operação para silenciar uma pessoa que poderia fazer revelações sobre o assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel (PT). Diz que o esquema envolveria os operadores do mensalão Marcos Valério e Enivaldo Quadrado

    Depoimento 26
    23/10/2014 - Afirma que a empresa Câmara Vasconcellos pagou despesas de campanha do PP

    Depoimento 27
    23/10/2014 - Indica o repasse de propinas pelas empresas Odebrecht e Extra para o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa com a intermediação do empresário Fernando Soares, o Baiano.

    Depoimento 28
    3/11/2014 - Aponta o pagamento de suborno em contratos do Denatran para congressistas do PP

    Depoimento 29
    4/11/2014 - Relata subornos em negócios ligados à instalação de rastreadores no âmbito do Denatran

    Depoimento 30
    4/11/2014 - Denuncia propina paga pela empresa Unipar para que fosse constituída uma sociedade com a Petrobras, para a criação da empresa Quattor

    Depoimento 31
    4/11/2014 - Detalha operações para pagamento de suborno pela Unipar em negócio que resultou na constituição da empresa Quattor

    Depoimento 32
    4/11/2014 - Relata propina em negócio que envolveu a BR Distribuidora, uma rede de postos de combustível na qual o banco BTG Pactual é sócio, e o empresário Pedro Paulo Leoni Ramos

    Depoimento 33
    4/11/2014 - Explica sobre propinas pagas pelo consórcio Conest, formado pelas construtoras OAS e Odebrecht, em contratos da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco

    Depoimento 34
    4/11/2014 - Descreve suborno pago pela empreiteira Camargo Corrêa em obras da refinaria Abreu e Lima (Pernambuco)

    Depoimento 35
    5/11/2014 - Aponta que a construtora Queiroz Galvão pagou propina em contrato da refinaria Abreu e Lima e os repasses tiveram como destinatários o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), já morto, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE)

    Depoimento 36
    5/11/2014 - Indica o pagamento de suborno pela empresa Engevix em contratos da refinaria Abreu e Lima

    Depoimento 37
    5/11/2014 - Descreve o pagamento de suborno pela companhia Jaraguá em obra na refinaria Abreu e Lima

    Depoimento 38
    5/11/2014 - Denuncia o repasse de propina pela construtora Engevix em contrato da refinaria de Cubatão (SP)

    Depoimento 39
    11/11/2014 - Aponta suborno pago pela empreiteira Thomé Engenharia em contrato da refinaria de Cubatão (SP)

    Depoimento 40
    11/11/2014 - Relata propina paga pela empresa Mendes Júnior ao PP (Partido Progressista)

    Depoimento 41
    12/11/2014 - Indica o pagamento de suborno por empreiteiras Galvão Engenharia, Serveng e Fidens em contrato de obra de terraplanagem da refinaria Premium I, no Maranhão

    Depoimento 42
    12/11/2014 - Aponta o pagamento de propinas em contratos da refinaria Repar pelas construtoras Setal, MPE e Mendes Júnior

    Depoimento 43
    12/11/2014 - Relata propina paga pela construtora Construcap em obra da Petrobras na Bahia.

    Depoimento 44
    12/11/2014 - Descreve suborno repassado pela construtora Andrade Gutierrez ao PP (Partido Progressista) em contrato da refinaria Duque de Caxias.

    Depoimento 45
    12/11/2014 - Aponta propina entregue pela empresa MPE em negócios das refinarias Repar e Regap

    Depoimento 46
    20/11/2014 - Indica o repasse de suborno pelo consórcio formado pelas empreiteiras UTC e Odebrecht em obra da refinaria Repar

    Depoimento 47
    20/11/2014 - Relata esquema para repasse de propina pelas empreiteiras Galvão Engenharia e Mendes Júnior em contrato da Refinaria de Paulínia (Replan)

    Depoimento 48
    20/11/2014 - Aponta suborno pago pela empresa Toyo Setal em contrato da refinaria Henrique Lage (Revap)

    Depoimento 49 - Não consta nos autos.

    Depoimento 50
    24/11/2014 - Explica planilha apreendida na operação Lava Jato que descreve repasses de empreiteiras às empresas de Youssef

    Depoimento 51
    24/11/2014 - Aponta suborno para que o Estado do Maranhão fizesse acordo para quitar precatório com a construtora UTC. Diz que um secretário da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB-MA), João de Abreu, recebeu propina no negócio.

    Depoimento 52
    24/11/2014 - Relata propinas pagas pelas empresa Sanko e Camargo Corrêa em contratos da Petrobras.

    Depoimento 53
    24/11/2014 - Indica propinas em contratos do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) pagas pelas empresas Skanska e Paranasa

    Depoimento 54
    24/11/2014 - Diz que repassou valores para o ex-deputado João Argolo para que o ex-congressista pudesse comprar um helicóptero.

    Depoimento 55
    25/11/2014 - Aponta pagamento de propina pela empresa Toshiba ao PT (Partido dos Trabalhadores) em contrato do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Indica envolvimento do tesoureiro do PT João Vaccari Neto no repasse.

    Depoimento 56
    25/11/2014 - Explica o uso de empresas offshore e contas no exterior para circular valores do esquema de corrupção na Petrobras

    Depoimento 57
    25/11/2014 - Descreve atividades relativas à empresa Labogen, como a realização de reunião com o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha e os ex-deputados Cândido Vacarezza e André Vargas sobre possibilidade de fechar parceria público-privada com o governo federal

    Depoimento 58
    25/11/2014 - Esclarece anotações feitas na planilha intitulada "Transcareca", na qual foram anotados repasses de propinas entregues por um de seus emissários

    Depoimento complementar 1
    11/02/2015 - Aponta repasses e depósitos bancários ao senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) a pedido do empresário Pedro Paulo Leoni Ramos

    Depoimento complementar 2
    11/02/2015 - Detalha os repasses das empreiteiras Galvão Engenharia, Serveng e Fidens em contrato de obra de terraplanagem da refinaria Premiun I, no Maranhão. Indica envolvimento de deputados do PP

    Depoimento complementar 3
    11/02/2015 - Nega ter conhecimento sobre esquema de pagamento de crédito de ICMS no Mato Grosso do Sul envolvendo a Petrobras

    Depoimento complementar 4
    11/02/2015 - Diz que fez "três ou quatro" entregas de R$ 150 mil para o ex-deputado Cândido Vacarezza (PT-SP) a pedido do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa

    Depoimento complementar 5
    11/02/2015 - Detalha repasses ao para o ex-deputado Cândido Vacarezza (PT-SP) e aponta entrega de valor ao deputado
    Vander Loubet (PT-MS)

    Depoimento complementar 6
    11/02/2015 - Detalha repasse de R$ 380 mil ao deputado José Mentor (PT-SP)

    Depoimento complementar 7
    11/02/2015 - Detalha que parte da propina acertada com empreiteira Queiroz Galvão em obra da Petrobras foi paga via doação eleitoral registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral)

    Depoimento complementar 8
    11/02/2015 - Nega ter operado em repasse para a campanha do senador Humberto Costa (PT-PE) em 2010.

    Depoimento complementar 9
    11/02/2015 - Descreve repasse de R$ 1 milhão para a campanha de Gleisi Hoffmann (PT-PR) para o Senado em 2010

    Depoimento complementar 10
    11/02/2015 - Indica atividades da empresa Marsans em relação ao Igeprev (Instituto de Gestão Previdenciária) do Tocantins

    Depoimento complementar 11
    11/02/2015 - Diz não se lembrar de repasses para a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB-MA) e ao ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão (PMDB-MA)

    Depoimento complementar 12
    11/02/2015 - Aponta propina paga via doação eleitoral ao senador Benedito Lira (PP-AL) pela empresa UTC/Constran em 2010.

    Depoimento complementar 13
    11/02/2015 - Detalha repasse de propina ao deputado Simão Sessim (PP-RJ)

    Depoimento complementar 14
    11/02/2015 - Afirma desconhecer pagamento de propina ao deputado Alexandre Santos (PMDB-RJ)

    Depoimento complementar 15
    11/02/2015 - Nega saber se repasses entregues por seus emissários no Rio de Janeiro tinham como destinatário o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

    Depoimento complementar 16
    11/02/2015 - Diz que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa pediu a ele que cobrasse uma dívida de R$ 800 mil do deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), mas não indicou a origem desse suposto débito. Detalha propinas pagas em contrato da refinaria Premium I, no Maranhão.

    Depoimento complementar 17
    11/02/2015 - Esclarece pontos sobre irregularidades no Denatran

    Depoimento complementar 18
    11/02/2015 - Detalha esquema de repasse de propina envolvendo a construtora Queiroz Galvão

    Depoimento complementar 19
    11/02/2015 - Nega ter participado de qualquer operação relativa ao senador Lindbergh Farias (PT-RJ)

    Depoimento complementar 20
    11/02/2015 - Nega ter atuado em operação para o ex-ministro Antonio Palocci (PT) em favor da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2010.

    Depoimento complementar 21
    12/02/2015 - Relata que o deputado José Janene (PP-PR) havia dito a ele que "dividia" diretoria da estatal Furnas com o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Afirma ter ouvido dizer que a irmã de Neves era a "operado do PSDB".

    Depoimento complementar 22
    12/02/2015 - Afirma que nunca fez operações em favor do ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)

    Depoimento complementar 23
    12/02/2015 - Detalha envolvimento de congressistas do PP em esquema de corrupção na estatal de trens CBTU

    Depoimento complementar 24
    12/02/2015 - Afirma ter ouvido dizer que o senador Delcídio Amaral (PT-MS) tinha influência na Petrobras. Não aponta repasses ao senador.

    Depoimento complementar 25
    11/02/2015 - Nega ter mantido qualquer relação com o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

    Depoimento complementar 26
    12/02/2015 - Detalha o repasse de propinas a integrantes do PP (Partido Progressista)

    Depoimento complementar 27
    12/02/2015 - Descreve estrutura de distribuição e aponta valores entregues a congressistas do PP (Partido Progressista)

    Depoimento complementar 28
    12/02/2015 - Afirma ter providenciado a entrega de valores em Minas Gerais a pedido de empreiteiras, mas nega saber se algum repasse teve como destinatário o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).

    Depoimento complementar 29
    12/02/2015 - Detalha operações para a construtora OAS no exterior

    Depoimento complementar 30
    12/02/2015 - Afirma não saber se houve favorecimento ilegal em operação para aumento de capital da Petroquímica Triunfo realizada pela acionista Petrobras

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