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    Mais de 50 entidades protestam em Porto Alegre nesta quinta-feira

    PAULA SPERB
    DE CAXIAS DO SUL (RS)

    12/03/2015 11h34

    Ronaldo Bernardi/Agência RBS
    Protesto em Canoas, região metropolitana de Porto Alegre, em defesa da Petrobras e da democracia
    Protesto em Canoas, região metropolitana de Porto Alegre, em defesa da Petrobras e da democracia

    Sindicatos, entidades e movimentos sociais protestaram em Porto Alegre (RS) em diferentes pontos da cidade nesta quinta-feira (12).

    Os protestos, que reuniram mais de 50 organizações, tinham diferentes objetivos. A maioria defendeu a Petrobras, mas fez críticas à política econômica do governo Dilma. Todos, porém, são contra a proposta de impeachment da presidente.

    Entidades ligadas à CUT (Central Única de Trabalhadores) e à CMS (Coordenação de Movimentos Sociais) defendem principalmente a Petrobras e pedem por um plebiscito para a reforma política.

    Já os sindicatos ligados ao CSP (Central Sindical Popular) e Conlutas protestaram de forma independente, contra os governos Dilma Rousseff (PT), José Ivo Sartori (PMDB), governador do RS, e José Fortunatti (PDT), prefeito de Porto Alegre.

    Militantes do PT aproveitaram as manifestações para exibir faixas de apoio a Dilma.

    Motoristas da EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação) também aproveitaram para protestar. Uma paralisação contra demissões de funcionários interrompeu a linha Restinga, da zona sul da capital. A EPTC autorizou outras empresas a realizarem o transporte no trajeto.

    DEFESA DA PETROBRAS

    A Via Campesina realizou uma caminhada em Porto Alegre em frente à Refap (Refinaria Alberto Pasqualini), em Canoas, na região metropolitana.

    A direção do sindicato dos professores também saiu em defesa da Petrobras junto com a Via Campesina.

    "Queremos reafirmar que não vamos permitir a desestruturação da Petrobras, não permitiremos que entreguem para privatização. Não deixaremos entregar a riqueza do povo brasileiro a mãos privadas", disse Helenir Aguiar Schürer, presidente do sindicato.

    "Queremos uma Constituinte para a reforma política para acabar com a influência das grandes empresas e do poder econômico na política brasileira, sequestrada no último período por cerca de dez grandes empresas que financiaram todos os partidos", disse, em nota, o dirigente estadual da Via Campesina, Marcelo da Silva.

    Segundo a Polícia Militar, cerca de 1.500 pessoas participaram das manifestações.

    MOVIMENTO INDEPENDENTE

    De acordo com Érico Correa, coordenador do CSP Conlutas, mais de mil pessoas iniciaram a manifestação na Praça Montevidéu, em frente à prefeitura, em Porto Alegre.

    "O protesto, que visa à preparação e mobilização dos trabalhadores para uma greve geral, não está vinculado nem ao PT nem à oposição fisiológica, ambos identificados e subservientes ao capital explorador", diz a nota que convocou o protesto.

    Na pauta do CSP Conlutas estão reivindicações contra ajustes fiscais e pedidos por melhores situações na educação, saúde e habitação.

    Mapa dos protestos de março de 2015; Crédito Rubens Fernando/Editoria de arte/Folhapress

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