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    Deputados querem quebrar sigilo telefônico de Janot e de Cardozo

    DE BRASÍLIA

    12/03/2015 22h14

    Deputados articulam a quebra de sigilo telefônico do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por meio da CPI da Petrobras na Câmara.

    O requerimento pedindo a quebra tem o apoio do PMDB e foi anunciado pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, nesta quinta-feira (12), durante sessão da CPI, mas ainda não foi protocolado oficialmente. Na justificativa, ele cita os encontros entre Janot e Cardozo ocorridos antes da divulgação da lista da Operação Lava Jato.

    A apresentação, segundo a Folha apurou, é uma retaliação à inclusão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e de outros políticos entre os investigados da Operação Lava Jato.

    A Folha apurou que há uma articulação do PMDB nos bastidores para aprovar esse requerimento.

    Nesta quinta, Cunha afirmou em depoimento à CPI da Petrobras que seu nome foi incluído na lista da PGR (Procuradoria-Geral da República) por uma opção política.

    "Escolha irresponsável e leviana. Querem transferir a crise do outro lado da rua [Palácio do Planalto] para cá [Congresso]", acusou.

    Cunha afirmou que Janot usou critérios diferentes na abertura de inquéritos contra parlamentares e acusou-o de agir articuladamente com o Palácio do Planalto com o objetivo de ser reconduzido ao cargo de procurador-geral.

    O presidente da Câmara obteve respaldo da maioria da CPI após seu depoimento, sendo acolhido com elogios e palmas. Com isso, o requerimento deve encontrar apoio dos demais membros da comissão.

    O presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), é aliado de Cunha e tem o poder de pautar requerimentos. A aprovação, porém, depende do aval da maioria dos integrantes.

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