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    Nelson de Sá: No 'JN', vermelho das bandeiras lembra de que há outros protestos

    NELSON DE SÁ
    DE SÃO PAULO

    13/03/2015 02h00

    Depois da Record no dia anterior, também a Globo cobriu manifestações da CUT e do MST nesta quinta (12), com as cenas começando à tarde, significativamente, pela refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas, no Rio Grande do Sul. À noite, as bandeiras vermelhas chegaram à escalada do "Jornal Nacional".

    Foi um ato supostamente "em defesa da Petrobras e contra a corrupção na estatal", preparatório para o desta sexta-feira (13), de mesma desculpa, mas obviamente de defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff.

    Já não se trata, portanto, de uma manifestação só, a de domingo (15), por impeachment. Na mesma linha, também os alvos da cobertura se distribuíram mais.

    A Globo reportou a manhã da CPI da Petrobras com Gioconda Brasil descrevendo como "a reunião acabou se transformando numa sessão de desagravo a Eduardo Cunha", em que também "partidos de oposição, como PSDB, se solidarizaram".

    A fala destacada foi a do líder tucano, Carlos Sampaio (SP), que isentou Cunha porque o delator supostamente apenas "ouviu dizer... que Vossa Excelência seria o beneficiário" dos malfeitos. A abertura do "Jornal Nacional", depois, não destacou o elo Cunha-Sampaio.

    Enquanto o PSDB se abraçava em rede nacional ao presidente da Câmara, do PMDB do Rio, outros dois expoentes do mesmo PMDB do Rio, o governador Luiz Fernando Pezão e seu antecessor, Sérgio Cabral, surgiam nos telejornais como novos investigados.

    Veio também na nova lista o petista Tião Viana, governador do Acre. E a tarde da CPI foi toda ela dedicada, na TV, ao petista ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. No meio do "JN", surgiu um senador do PSB, Fernando Bezerra.

    A generalização das responsabilidades pela corrupção avançou ainda um pouco mais com a repercussão do caso HSBC. As contas na Suíça, descreveu o correspondente do SBT em Paris, incluem nomes ligados aos escândalos da Petrobras e do "metrô de São Paulo".

    Por fim, não sobrou nem mesmo a Justiça. Na voz algo espantada do âncora William Bonner, "Promotores dizem que o juiz que usou um carro de Eike Batista confessou ter desviado dinheiro".

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