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    Brasileiros protestam na Union Square, em Nova York

    GIULIANA VALLONE
    DE NOVA YORK

    15/03/2015 15h30

    Ao som do hino nacional e de gritos de "Fora PT, leva a Dilma com você", cerca de 100 pessoas se reuniram na Union Square, em Nova York, neste domingo (15) para ecoar as manifestações no Brasil.

    O protesto começou por volta das 11h (meio-dia no Brasil) e durou cerca de uma hora e meia, com a presença de imigrantes brasileiros nos Estados Unidos e alguns turistas que decidiram se juntar ao coro.

    "Viemos por amor ao Brasil e por patriotismo. Queremos justiça, a moralização do Congresso e o impeachment da presidente Dilma Rousseff", afirmou Jaime Pereira, 54, que mora nos EUA há 20 anos.

    Perguntado sobre o vice-presidente Michel Temer (PMDB), que assumiria em caso de impeachment da presidente, ele disse: "Ele é pior do que ela. Mas quando a casa está muito suja, você tem que varrer."

    Muitos dos manifestantes citavam a possibilidade de novas eleições no país caso a presidente e o vice sejam depostos nos dois primeiros anos de governo.

    A advogada Izabel Balboni, 68, que fazia turismo em Nova York, se juntou à manifestação, e defendeu o senador do PSDB Aloysio Nunes como candidato ideal à Presidência. "É um homem íntegro", disse.

    O pedido de intervenção militar no país dividiu manifestantes. Uma mulher que ajudava a segurar uma faixa em que se lia, em inglês, "Intervenção Militar Já" foi avisada pelas amigas sobre o conteúdo do texto. Ao ouvir o alerta, saiu do local.

    O responsável pelo faixa, o cabeleireiro Umberto Guimarães, 49, disse defender a intervenção imediata. "Eu quero o comunismo fora do Brasil e da América Latina", afirmou.

    "Se a Dilma sofre impeachment, já é uma solução para o comunismo, embora não resolva a corrupção."

    Durante o protesto, houve um princípio de confusão quando uma militante do PSOL tentou rebater as reivindicações. "Sou a favor da democracia", afirmou. Houve bate-boca e ela foi impedida pelos manifestantes de falar com a imprensa. "Vai pra Cuba", gritou um deles.

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