Em Goiânia, a manifestação a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) terminou por volta das 17h deste domingo (15) com público estimado em mais de 60 mil pessoas pela Polícia Militar e em 100 mil pelos organizadores do ato.

A coordenação do Movimento Brasil Livre em Goiás diz ter obtido, durante o protesto, 5.000 assinaturas a favor do impeachment.

Houve concentração em dois pontos da cidade: na praça Atílio Correia Lima, conhecida como praça do Bandeirante, no centro, e na praça Almirante Tamandaré, no setor Oeste. A reunião no primeiro local foi organizada pelo movimento Vem pra Rua, e no segundo, pelo Brasil Livre. Ambos estavam marcados para as 14h.

O caminho para o Impeachment; Crédito William Mur/Editoria de Arte/Folhapress

Por volta das 15h, os dois grupos se juntaram na praça Tamandaré e seguiram, embaixo de chuva fraca, pela avenida 85 em direção à sede da Superintendência da Polícia Federal em Goiânia, no setor Bela Vista. Nos locais de concentração e nos quatro quilômetros do trajeto nenhuma ocorrência foi registrada, segundo a Polícia Militar.

Entre os manifestantes havia crianças, jovens, adultos e idosos, que além de impeachment pediam em cartazes o fim da corrupção, a reforma política e a prisão para os corruptos. Também havia cartaz pedindo a redução do número de ministérios, entre outros.

O economista Pedro Arantes, 70, participou do protesto, mas disse crer que o "impeachment não seja solução". Ele afirmou se manifestar a favor do fim da corrupção e "por providências na área econômica para o País crescer".

Um grupo pequeno pediu intervenção militar, contrariando o pedido da organização do movimento, que disse ser contrária a essa proposta. Entre eles estava o engenheiro Carlos Ribeiro, 34, que segurava uma faixa com a frase: "Presidência, Senado e Câmara virou reduto de bandidos". "Não acredito mais em partidos nem políticos", disse ele.

Seis trios elétricos foram usados na manifestação. Um jingle dizia: "Impeachment, não tem como fugir. Impeachment, pede para sair. Impeachment, para salvar a nação. Impeachment, está na Constituição".

No final da manifestação, uma dupla vestida de presidiários atrás de grades e com máscaras de Lula e Dilma chamou a atenção dos participantes do movimento, que os cercaram para fazer fotos.

Mapa dos protestos de março de 2015; Crédito Rubens Fernando/Editoria de arte/Folhapress