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    Salvador registrou protesto de manhã e à tarde

    JÚLIO REIS
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM SALVADOR

    15/03/2015 21h32

    Neste domingo (15), os manifestantes de Salvador começaram a se reunir cedo, por volta das 9h30, no Farol da Barra, na capital baiana.

    Com camisetas verde e amarelo ou com camisas da seleção brasileira, tinham como principais lemas gritos de "Fora PT" e "Fora Dilma". Segundo a Polícia Militar, foram 7.000 presentes pela manhã.

    "Estamos há muito tempo indignados com a impunidade. Hoje somos a favor do impeachment porque o PT está em tudo que não presta. A gente não aguenta mais tanta corrupção e o governo está presente em tudo", declarou Geraldo Magalhães, 37, empresário e um dos líderes do Movimento Bahia Unida Contra a Corrupção, grupo mais organizado no protesto e que levou ao Farol bandinha de Carnaval e bonecos de Olinda em referência a Nelson Mandela e Joaquim Barbosa.

    Apesar das muitas manifestações coletivas contra o PT, nem todos defendiam o impeachment da presidente ou se colocavam contra o partido. "Ainda não vemos razão para o impeachment. Mas precisamos de uma reforma política urgente que sinalize mudança no país", discursou ao microfone Rafael Gordilho, 25, um dos líderes do grupo intitulado União Democrática Acadêmica.

    Já o contador Roni Santiago, 39, que distribuía adesivos de "Não vamos nos dispersar", parecia menos incomodado com o PT que com a gerência da presidente. "Ela não sabe conduzir o país. Não gosto dessa coisa de ficar batendo em partido, isso fica logo visto como partidário, como se estivéssemos vinculados a outro partido, o que acredito que não é o caso aqui", afirmou.

    De acordo com Santiago, os adesivos foram confeccionados após uma vaquinha que arrecadou R$ 1.070 reais entre quase 700 participantes de um grupo de Whatsapp intitulado "Impeachment Bahia", que ele criou e organiza. Foram 6.500 adesivos ao todo. "Ninguém contribuiu com mais de dois reais", completou.

    À tarde, novos protestos foram convocados pelo movimento Vem pra Rua, que declara "ainda" não defender o processo de destituição da presidente. Eles também se reuniram no Farol. Segundo a PM, o ato reuniu cerca de 5.000 pessoas.

    Depois de negociarem com os policiais, os manifestantes da tarde fizeram uma caminhada do Farol da Barra até Ondina. Repetindo o tradicional percurso do Carnaval de Salvador, entoaram: "Não é carnaval, é o Brasil caindo na real".

    Após passarem em frente ao prédio da Aeronáutica, já no bairro de Ondina, boa parte deles começou se dispersar. Porém, um grupo com menos de cem pessoas seguiu até as estátuas conhecidas como as Gordinhas. De lá pretendiam seguir até o Palácio de Ondina, residência oficial do governador, mas foram dissuadidos após conversas com a PM, que já contava com um efetivo da Tropa de Choque na área.

    Editoria de Arte/Folhapress

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