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    Manifestações geram bate-boca na Câmara entre líder do PT e do PSDB

    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    17/03/2015 22h13

    Os líderes na Câmara do PSDB, Carlos Sampaio (SP), e do PT, Sibá Machado (AC) bateram boca no plenário da Câmara nesta terça-feira (17) em discussão sobre as manifestações realizadas contra o governo no último domingo (15) em todo o país.

    Em discurso na tribuna do plenário, Sampaio afirmou que "o PT faz mal ao nosso país" e disse que as manifestações de 15 de março não tem nada a ver com as realizadas em junho de 2013 em todo o país.

    "Lá, sim, a indignação era contra a classe política como um todo. Agora, não. As ruas foram tomadas por brasileiros indignados com a Presidente Dilma, indignados com este governo mentiroso, este governo que apresentava um Brasil sem nenhum problema e bastaram as eleições serem finalizadas, e o que ela apresentou ao País?", afirmou.

    O tucano disse ainda que Dilma tem envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras e defendeu o seu impeachment. "A degradação moral, a degradação ética, a degradação da política, a degradação da economia faz com que ela resvale, esparre e adentre dentro do impeachment. Não sou eu que estou dizendo, é o proceder dela que a aproxima do impeachment, o formato de governar com quadrilha", disse Sampaio na tribuna do plenário da Câmara.

    Sampaio rebateu ainda uma declaração de Dilma, feita nesta segunda-feira (16), que disse que a corrupção "é uma senhora idosa que não poupa ninguém". "Pois eu quero dizer à residente Dilma que, se a corrupção é uma senhora idosa, essa senhora engordou, no mínimo, 50 quilos no governo do PT, alimentando-se do dinheiro do povo brasileiro", disse.

    Após o discurso do tucano, Sibá Machado, retrucou. "O meu pedido é só para que o debate não chegue a este ponto. O líder do PSDB não pode vir aqui com ódio, cuspindo ódio neste microfone e se reportar com essa natureza", disse em meio a gritos de outros deputados.

    Para o petista, alguns setores da oposição "estão querendo simplesmente destruir um resultado eleitoral". "Nosso partido vai às ruas também. Vamos para o grito de guerra, para que haja o respeito à Constituição e ao direito de o povo brasileiro ter escolhido Dilma como presidente", disse.

    O petista ironizou ainda a participação de políticos ligados à oposição nas manifestações de domingo. "O movimento do dia 15 não aceitou a presença de líder político nenhum. Foi totalmente avesso à participação de referências políticas. E nós sabemos aqui, para não citar nomes, que vários, inclusive Parlamentares desta Casa, tentaram subir em palanques nas manifestações do dia 15 e foram rechaçados, foram retirados, não foram aceitos, porque queriam tirar casquinha", disse.

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