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    Para disputar a prefeitura, Marta avisa ao PSB que deixará o PT até maio

    GUSTAVO URIBE
    MARINA DIAS
    DE SÃO PAULO

    19/03/2015 19h33

    Com a intenção de disputar a sucessão à prefeitura de São Paulo, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) avisou ao PSB que se desfiliará do PT até maio.

    A informação foi repassada à cúpula estadual do partido pelo empresário Márcio Toledo, namorado da petista e principal articulador de sua candidatura no ano que vem.

    Além do PSB, o empresário informou a intenção de Marta ao governo de São Paulo, de Geraldo Alckmin (PSDB), que deu aval ao movimento político.

    Tucanos e pessebistas são aliados no Estado e os planos de Alckmin são os de disputar a Presidência da República em 2018.

    Para ser candidata em 2016, Marta precisa estar filiada ao PSB em outubro, um ano antes da eleição municipal.

    Antecipar a decisão, portanto, tem como objetivo dar mais tempo à senadora para articular uma candidatura competitiva, com o apoio de siglas como PPS, PV e Solidariedade.

    A filiação de Marta ao PSB conta com o apoio da cúpula nacional do partido, mas ainda encontra resistências entre lideranças da legenda em São Paulo.

    O receio é de que, ao ser filiada, a petista transfira ao PSB parte da rejeição ao PT no Estado.

    Entre os petistas, a avaliação majoritária é de que é pouco provável que Marta recue da decisão e continue na sigla.

    As investidas do comando do partido para "reconquistar" Marta não tiveram até o momento resposta da senadora, que tem intensificado as críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

    O PT em São Paulo tem monitorado o ânimo da militância nos diretórios zonais diante dos ataques que a senadora tem feito ao governo federal.

    Os resultados apontam um descontentamento dos eleitores da petista, que gostam da senadora, mas a têm achado "agressiva".

    FESTA

    Para petistas, o último sinal de que não há espaço para negociar sua permanência no partido foi dado na semana passada, quando a senadora convidou o Alckmin e secretários estaduais para sua festa de 70 anos, que será promovida nesta sexta-feira (20), na capital paulista.

    Os aliados petistas da senadora, que participaram das últimas comemorações, não foram convidados para a festa deste ano.

    Interlocutores de Marta dizem que, por já ter 70 anos, ela considera que a campanha à prefeitura de São Paulo é sua última oportunidade de voltar a exercer um cargo no Poder Executivo.

    Segundo a Folha apurou, no entanto, a senadora ainda estaria disposta a continuar no PT caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantisse à petista a vaga de candidata do partido ao governo de São Paulo em 2018, o que é considerado pouco provável.

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