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    Promotoria quer investigar secretária de Richa no caso de fraude em licitação

    CARLOS OHARA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM LONDRINA

    27/03/2015 20h43

    O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina pediu à Justiça para que seja autorizada a investigação sobre uma possível participação da secretária estadual de Administração e Previdência, Dinorah Botto Portugal Nogara, no esquema de fraude em licitações e contratos para manutenção de veículos oficiais do governo.

    O Ministério Público afirma que o pedido está embasado em um depoimento de um funcionário do Departamento de Transporte Oficial (Deto), que trabalhava junto ao ex-diretor do órgão Ernani Delicato, que está foragido após ter um mandado de prisão decretado por suspeita de fraude na licitação;

    A licitação sob suspeita, no valor de R$ 1,5 milhão, resultou na contratação da Providence Auto Center para consertar carros do governo.

    De acordo com o depoimento, Delicato teria modificado o contrato de licitação das oficinas após uma reunião com a secretária estadual. O servidor disse que o contrato foi feito por influência de Dinorah, incluindo a contratação emergencial da oficina Providence, empresa que pertenceria à Luiz Abi –suposto primo do governador Beto Richa (PSDB)– mas que estava registrada em nome de um "laranja".

    A decisão sobre o pedido da Promotoria deverá ser analisada pelo Tribunal de Justiça, já que a secretária tem direito ao foro privilegiado devido ao cargo que ocupa. Se autorizada, a investigação deverá ser feita pela Procuradoria do Ministério Público.

    Nesta sexta-feira, Abi e mais seis pessoas foram denunciados por formação de quadrilha, e fraude de licitações.

    Secretária nega

    Em entrevista à Folha, no início da noite, a secretária Dinorah Nogara negou qualquer participação em relação ao caso e disse que instaurou uma auditoria em sua pasta para apurar irregularidades na licitação, que já foi suspensa. Ela afirma ainda que está "mexendo" na vida das oficinas. "Eu mudei um sistema que não funcionava bem. Eu não atuei para privilegiar nenhuma oficina e sim para beneficiar a gestão pública do Estado", disse ela.

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