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    Novo ministro da Comunicação é aposta de Lula na coordenação política

    VALDO CRUZ
    DE BRASÍLIA

    31/03/2015 11h23

    Sérgio Lima - 27.ago.2014/Folhapress
    Edinho Silva, então tesoureiro da campanha à reeleição de Dilma, no comitê central, em Brasília
    Edinho Silva, então tesoureiro da campanha à reeleição de Dilma, no comitê central, em Brasília

    Mesmo antes de tomar posse oficialmente, o novo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, já foi chamado pela presidente Dilma Rousseff para participar da reunião da coordenação política do governo nesta manhã de terça-feira (31).

    Segundo assessores presidenciais, Dilma disse ao novo ministro que ele teria assento nas reuniões de coordenação política, o que foi comemorado pelo ex-presidente Lula.

    O petista elogiou a decisão da presidente de incorporar Edinho ao grupo, já que ele é visto como um político habilidoso e negociador.

    Um ministro disse à Folha que Edinho Silva vai compor com Jaques Wagner (Defesa) uma ala de ministros que vai ajudar a azeitar as relações políticas do governo com o Congresso.

    "Ele é o ministro da Comunicação, mas acho que vai ajudar muito também na articulação política", afirmou reservadamente o ministro envolvido em negociações para aprovar o ajuste fiscal.

    POLÍTICO NO CARGO

    Ex-deputado estadual pelo PT em São Paulo, Edinho atualmente estava dando aulas em uma faculdade particular. No início do ano, chegou a ser cotado para presidir a Autoridade Pública Olímpica (APO), estatal responsável pela organização da Olimpíada no Rio em 2016, mas recusou o cargo.

    Na Comunicação, será responsável por controlar diretamente uma verba publicitária próxima a R$ 200 milhões ao ano.

    A indicação de um político para a Secom tinha o aval do ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil). Nos últimos oito anos, a pasta foi comandada por jornalistas.Thomas Traumann e Helena Chagas chefiaram a pasta no governo Dilma e Franklin Martins, no segundo governo Lula.

    Antes de Edinho, o último político a comandar a pasta foi Luiz Gushiken, que foi um dos ministros mais próximos ao ex-presidente Lula. Ele deixou o cargo em julho de 2005, em meio às denúncias do mensalão.

    Entre 2005 e 2007, a Secom perdeu o status de ministério e a verba de publicidade ficou sob o comando do ex-ministro Luiz Dulci, que chefiou a Secretaria-Geral da Presidência na época.

    A relação com a imprensa e o porta-voz, André Singer, ficaram sob o comando do gabinete da Presidência.

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