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    Brasil deve manter contrato de compra de caças, diz presidente da Saab

    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    01/04/2015 10h27

    AFP
    O caça sueco Gripen, adquirido pelo Brasil
    O caça sueco Gripen, adquirido pelo Brasil

    O presidente do conselho de administração da empresa sueca Saab, Marcus Wallenberg, afirmou nesta terça-feira (31) acreditar que, mesmo com a crise econômica e os ajustes fiscais promovidos pelo governo federal, o Brasil cumprirá suas obrigações no contrato para a compra de 36 caças multifuncionais Gripen NG.

    "O Brasil é bom mercado, bem posicionado na América Latina e por isso continuamos buscando novas oportunidades de investimento. Embora o Brasil esteja passando por um reajuste, acreditamos que em algum ponto haverá um retorno dos investimentos até aqui efetuados", afirmou Wallenberg.

    Editoria de Arte/Folhapress

    O empresário se reuniu com a presidente Dilma Rousseff na tarde desta terça no Palácio do Planalto por cerca de 40 minutos. O ministro Jaques Wagner (Defesa), o secretário-executivo de Ciência e Tecnologia, Álvaro Prata, e os ministros interinos Ivan Ramalho (Desenvolvimento) e Sérgio Danese (Relações Exteriores) acompanharam o encontro.

    "O ponto mais importante da nossa conversa que eu gostaria de frisar foi justamente o nosso acordo consensual, nossa convergência, enfim, nosso ponto de vista conjunto em torno da possibilidade concreta de avançar no projeto F2, do avião-caça sueco, de modo a envolvê-lo na participação conjunta da indústria brasileira nesse projeto e assegurar a transferência tecnológica efetivamente", disse.

    Em outubro do ano passado, o governo federal assinou com a Saab o contrato para a compra de 36 caças multifuncionais Gripen NG. O valor do contrato ficou quase US$ 1 bilhão acima do previsto quando a intenção do negócio foi anunciada, em dezembro de 2013: US$ 5,4 bilhões (cerca de R$ 13,5 bilhões).

    A entrega será de 2019 a 2024, prazo deslocado um ano além do previsto inicialmente, por questões de capacidade industrial brasileira. Questionado sobre quando os aviões começariam a de fato serem produzidos no Brasil, o empresário afirmou apenas que os investimentos na construção das instalações começará em breve.

    "De acordo com o plano atual, vamos começar a fazer o investimento efetivo na construção das instalações em muito breve e, em seguida, um grande números de engenheiros brasileiros terão a oportunidade de estudo na Suécia para aprenderem a tecnologia envolvida na fabricação da aeronave e depois poderem voltar ao Brasil tendo assimilado essa tecnologia. Isso deverá estar concluído até a data em que concluirmos o contrato para utilização efetiva", disse.

    "Acredito que até 2019, a primeira aeronave já estará em condições operacionais."

    Wallenberg afirmou ainda que apresentou para Dilma o projeto para o estabelecimento de uma cátedra junto ao Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) para programas de pós-doutorado em engenharia aeronáutica.

    Editoria de Arte/Folhapress

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