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    Eduardo Cunha acusa manifestantes e promete punição a deputados

    RANIER BRAGON
    MÁRCIO FALCÃO
    DE BRASÍLIA

    07/04/2015 18h13

    O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusou nesta terça-feira (7) os manifestantes de serem os responsáveis pelo confronto com a Polícia Militar e a Polícia Legislativa que deixou pelo menos oito pessoas feridas, além de causar danos materiais.

    O peemedebista disse ainda ter fotos e vídeos de congressistas incitando a multidão contra a polícia. "Parlamentares que incitaram a multidão a invadir ou agredir foram devidamente fotografados, filmados, e serão remetidos à Corregedoria. E haverá sanções. (...) Que vai ter sanção de suspensão, vai", afirmou Cunha.

    Um dos deputados que esteve na manifestação foi Orlando Silva (PC do B-SP), ex-presidente da União Nacional dos Estudantes. Ele negou que tenha havido incitação à violência e acusou a Polícia Militar de despreparo.

    "A polícia foi provocativa, estava despreparada. E o presidente da Câmara erra ao fazer o tensionamento. Não pode ordenar que evacuem a Câmara de forma indiscriminada. Não pode os rapazes entrarem com a camisa do sindicato, mas eu vi vários engravatados entrando sem problema. Atitudes como essa vão isolar ainda mais o Congresso", afirmou Orlando Silva.

    Os protestos desta terça-feira foram organizados pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), entre outras entidades, contra a votação do projeto que libera as terceirizações no país.

    "Cada vez que há uma pressão dessa, exercida de forma indevida, o Congresso tem que responder votando, temos que ter o direito de exercer a representação. Protestos são legítimos, agora quando parte para a agressão, para o baixo nível, para a depredação, como ocorreu aqui hoje, o Congresso tem que reagir votando. Quanto mais agridem, mais dá vontade de votar", disse Cunha.

    O ex-líder da bancada do PT na Câmara Vicentinho (SP), que já presidiu a CUT, foi atendido no departamento médico após ser atingido por gás de pimenta. Lincoln Portela (PR-MG) afirmou ter levado um soco na boca de um manifestante. Segundo a Câmara, balanço preliminar apontou ainda outros seis feridos –três manifestantes, dois policiais e um visitante.

    Pelo menos um manifestante chegou a ser levado ferido e desacordado pelos brigadistas da Câmara para atendimento médico.

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