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    No ano da Lava Jato, PF bate recorde de operações desde 2003, diz balanço

    DE BRASÍLIA

    08/04/2015 17h40

    Os números de operações especiais e de detenções efetuadas pela Polícia Federal em 2014, ano da Operação Lava Jato, foram os maiores desde 2003, afirma balanço divulgado nesta quarta (8) pela corporação.

    Se em 2003 foram feitas 18 operações, no ano passado esse dado chegou a 390. Em relação a detenções (prisões e conduções coercitivas), em 2003 foram feitas 271. Em 2014, 3.769. Os números do ano passado também são maiores do que os de 2013 –quando ocorreram 303 operações e 2.557 prisões e conduções.

    Em termos de valores financeiros, o balanço não traz dados comparativos, apenas os de 2014. Naquele ano, diz a PF, as operações evitaram o prejuízo de R$ 2,8 bilhões, apreenderam bens e valores num total de R$ 3,3 bilhões. Os crimes investigados pelas operações causaram um prejuízo de R$ 6,8 bilhões.

    Hoje, a Polícia Federal diz ter um total de R$ 19,2 bilhões de "valores sob investigação", como aqueles em contratos firmados.

    "Os números são positivamente impactantes, falam por si. Falava-se que havia um processo de sucateamento, e isso nos mostra exatamente o oposto. Os números orgulham a todos os brasileiros, disse o ministro José Eduardo Cardozo em entrevista coletiva.

    Segundo ele, os resultados "espetaculares" são resultado "de uma garantia de autonomia" da Polícia Federal e de mecanismos de controle interno. "A Policia Federal tem cortado na carne quando precisa cortar."

    ACORDOS DE LENIÊNCIA

    Cardozo voltou a defender possíveis acordos de leniência que podem ser firmado entre a CGU (Controladoria-Geral da União) e as empresas alvo da Lava Jato.

    "Não sei porque as pessoas ficam tão angustiadas com isso. Desde que sejam acordos que sejam feitas com transparência, e punindo quem deve ser punido. Isso não prejudicará em absolutamente nada. Acordo de leniências não significa impunidade."

    Críticos afirmam que, nesse momento, os acordos podem prejudicar as investigações.

    OAS

    Arrolado como testemunha pela defesa de executivos da OAS, ele se disse surpreso com a possibilidade de depor em um dos processos gerados pela Lava Jato, mas afirmou que responderá às perguntas.

    "Não tenho a menor ideia do que eles querem. Se pedir que eu seja ouvido, serei ouvido. Cumprirei o meu dever, respondendo perguntas que me forem feitas."

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