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    Dilma 'permanece imobilizada', afirma Aécio

    DE SÃO PAULO
    DE BRASÍLIA

    12/04/2015 15h26

    Principal partido de oposição, o PSDB divulgou nota no início da tarde deste domingo (12) em solidariedade aos manifestantes que foram às ruas protestar, pela segunda vez no ano, contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

    No texto, assinado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), o partido se declara ao lado do povo que "legitimamente, manifesta seu repúdio e indignação contra à corrupção sistêmica que envergonha o país e cobra saídas para o agravamento da crise econômica".

    "Além da crise ética e moral, o governo do PT impõe à sociedade a pior equação: recessão com inflação alta, juros altos e corte de investimentos nas áreas essenciais da educação e saúde", diz texto.

    O senador diz ainda que, passados os 100 primeiros dias do governo Dilma, os brasileiros sofrem os efeitos da crise econômica.

    "A presidente da República permanece imobilizada e tentando terceirizar responsabilidades intransferíveis. Neste domingo de mobilizações pelo país, o PSDB se une aos milhares de brasileiros que amam o Brasil e que, por isso, dizem não ao governo responsável pelo caminho tortuoso que, neste momento, todos trilhamos", afirma.

    Políticos do PSDB não foram vistos nas manifestações deste domingo.

    REPERCUSSÃO

    O DEM ponderou que o tom dos protestos de hoje indicou que, agora, há um "objetivo em comum: a saída de Dilma". "Este é o mote único, uma evolução natural da insatisfação popular que se tem visto nas ruas desde 2013, que ressurgiu no 15 de março e tem agora o seu amadurecimento", disse no texto o senador Ronaldo Caiado (GO), líder da legenda na Casa.

    O Solidariedade disse em nota que vai procurar outros partidos para cobrar uma posição sobre a defesa do impeachment. "Os partidos de oposição não podem ficar indiferentes a isso", afirma o presidente da legenda, deputado Paulo Pereira da Silva (SP).

    Em nota, o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), disse que as manifestações deste domingo (12) foram focadas no impeachment da presidente Dilma Rousseff.

    Freire, que participou do ato na Avenida Paulista, afirmou que "as pessoas estão compreendendo melhor o papel da política e dos políticos no momento que o país vive".

    'IMPEACHMENT É BALELA'

    Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) saiu em defesa do governo e atribuiu o queda do número de manifestantes na rua neste domingo ao aumento da percepção de que a defesa do impeachment contra Dilma "é uma balela".

    "A história de impeachment foi criada pela oposição, mas a população começou a perceber de que trata-se de um engodo, uma balela, e que não há motivo para isso", analisou Humberto Costa.

    Pesquisa do Datafolha publicada neste sábado revelou que 63% dos brasileiros defendem a abertura do processo de impeachment contra Dilma, considerando tudo o que se sabe até agora a respeito dos escândalos de corrupção na Petrobras.

    Para o líder petista, o governo vem se movimentando para dar respostas às insatisfações, o que, segundo ele, também contribuiu para a reduzir a dimensão dos protestos.

    Costa reconhece, porém, que o descontentamento ainda alcança patamares relevantes.

    "Não podemos entender que a redução do número de pessoas nas ruas significa que não haja insatisfação. As pessoas estão vendo que o governo está se mexendo e estão na expectativa do que vai acontecer", analisou Costa.

    Ele citou como exemplos de reação o pacote anticorrupção, lançado pelo governo em março, e as mudanças no comando da Petrobras.

    Até o momento, o Palácio do Planalto ainda não decidiu se vai escalar algum ministro para se pronunciar publicamente.

    A orientação para líderes petistas e correligionários, caso sejam procurados pela imprensa, é adotar um tom equilibrado, sem críticas contundentes nem tentativas de minimizar as manifestações.

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