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    Lava Jato

    Ao anunciar afastamento de Vaccari, PT diz que prisão é 'desnecessária'

    MARINA DIAS
    CÁTIA SEABRA
    DE SÃO PAULO

    15/04/2015 18h07

    Geraldo Bubniak/AGB/Folhapress
    O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, chega ao IML de Curitiba (PR) para exame de corpo de delito
    O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, chega ao IML de Curitiba (PR) para exame de corpo de delito

    Em nota em que anuncia o afastamento de João Vaccari Neto da tesouraria do PT, a cúpula do partido saiu em defesa do petista e classificou nesta quarta-feira (14) a prisão do tesoureiro como "desnecessária" e "injustificada".

    Como antecipou a Folha, a direção do PT emitiu uma nota em que anunciou o pedido de afastamento de Vaccari do cargo. Dessa forma, exime-se do ônus de sua saída, adiada desde que a Justiça aceitou denúncia e o petista virou réu por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.

    O tesoureiro foi preso na manhã desta quarta em mais um desdobramento da Operação Lava Jato.

    Editoria de arte/Folhapress

    No texto divulgado no site do partido, o PT afirma que a prisão de Vaccari é "injustificada visto que, desde o início das investigações, ele sempre se colocou à disposição das autoridades para prestar qualquer esclarecimento que lhe fosse solicitado."

    O partido diz que "reafirma" a "confiança na inocência de Vaccari" não só por sua conduta à frente da Secretaria de Finanças do partido mas também pelo princípio de que "todos são inocentes até prova em contrário."

    Ainda segundo a nota, os advogados de Vaccari apresentaram um pedido de habeas corpus "para que sua liberdade ocorra no prazo mais curto possível."

    O PT informou que expressa sua solidariedade ao tesoureiro e sua família e diz que o partido confia "que a verdade prevalecerá no final."

    A sigla pretende indicar um substituto para Vaccari até sexta-feira (17). Ainda não tem, porém, nome para assumir a função.

    A tendência Mensagem ao Partido vai apresentar na reunião do Diretório Nacional do PT, na sexta-feira (17), em São Paulo, um pedido para o afastamento do cargo de direção partidária daqueles petistas que aparecem na lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

    O único nessa situação é o senador Humberto Costa (PE), líder do PT no Senado, e integrante da Comissão Executiva do partido.

    Confira a seguir a íntegra da nota:

    O Partido dos Trabalhadores manifesta-se a respeito da desnecessária detenção, na data de hoje, do Secretário de Finanças e Planejamento, João Vaccari Neto, nos seguintes termos:

    1 - A detenção de João Vaccari Neto é injustificada visto que, desde o início das investigações, ele sempre se colocou à disposição das autoridades para prestar qualquer esclarecimento que lhe fosse solicitado. Convocado, prestou depoimento na Delegacia da Polícia Federal de São Paulo, em 5 de fevereiro desse ano. Além disso, na CPI da Petrobras, respondeu a todas as questões formuladas pelos parlamentares.

    2 - Reafirmamos nossa confiança na inocência de João Vaccari Neto, não só pela sua conduta à frente da Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento, mas também porque, sob a égide do Estado Democrático de Direito, prevalece o princípio fundamental de que todos são inocentes até prova em contrário.

    3 - Os advogados que cuidam da defesa de João Vaccari Neto estão apresentando um pedido de habeas corpus para que sua liberdade ocorra no prazo mais curto possível.

    4 - Informamos ainda que, por questões de ordem práticas e legais, João Vaccari Neto solicitou seu afastamento da Secretaria de Finanças e Planejamento do PT.

    5 - O Partido dos Trabalhadores expressa sua solidariedade a João Vaccari Neto e sua família, confiando que a verdade prevalecerá no final.

    Rui Falcão

    Presidente Nacional do PT

    Editoria de arte/Folhapress
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