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    Dilma cede a PT e se aproxima de esquerda

    GUSTAVO URIBE
    CATIA SEABRA
    DE SÃO PAULO

    19/04/2015 02h00

    Sob influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff deu início a um esforço de reaproximação com centrais sindicais e movimentos sociais que apoiaram sua reeleição no ano passado.

    O afastamento da petista dos grupos que compõem a base social do partido vinha sendo criticado pelo comando nacional do PT, que considera estratégico o movimento para superar a crise enfrentada pelo Palácio do Planalto.

    Com o propósito de restabelecer a relação, a Secretaria Geral da Presidência da República articula para as próximas semanas agenda de encontros e reuniões da petista com movimentos sociais, entre eles entidades de defesa dos direitos humanos, da igualdade racial e de gênero e de combate à miséria.

    A petista informou ainda ao presidente nacional do PT, Rui Falcão, que até o final deste mês marcará uma data para um encontro, no Palácio do Planalto, com centrais sindicais historicamente ligadas ao partido.

    A principal delas, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) tem feito críticas públicas ao ajuste fiscal promovido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

    Além disso, a própria Secretaria Geral deve passar por uma reestruturação. O governo federal pretende dar status de secretaria aos departamentos de Diálogos Sociais e de Participação Social, em uma demonstração de comprometimento do governo federal com as entidades civis.

    O movimento de reaproximação da presidente teve início na semana passada, quando ela abriu espaço em sua agenda para se reunir com representantes do Conselho Nacional de Saúde e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura.

    Em outro aceno para as bases sociais do partido, a petista se posicionou contra a redução da maioridade penal.

    Em conversas recentes com petistas e sindicalistas, Lula se queixou da atuação da presidente diante do atual momento de turbulência.

    O petista avaliou que Dilma precisa reagir, considerou que ela tem de se aproximar das bases sociais do partido e lembrou ter contado com o apoio das centrais sindicais durante a crise do mensalão, em 2005.

    "Dilma, se tem gente para te defender para sair dessa enrascada, é esse pessoal aqui", discursou na última terça-feira (14), em evento na capital paulista, apontando aos sindicalistas presentes.

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