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    Lava Jato

    Presos da Lava Jato devem ser ouvidos em maio pela CPI da Petrobras

    ESTELITA HASS CARAZZAI
    DE CURITIBA

    24/04/2015 14h51

    Fotomontagem
    Os ex-deputados André Vargas (sem partido), Luiz Argolo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE)
    Os ex-deputados André Vargas (sem partido), Luiz Argolo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE)

    Os presos investigados na Operação Lava Jato, que apura desvios de dinheiro em obras da Petrobras, devem ser ouvidos pela CPI da estatal em maio.

    Membros da CPI estiveram em Curitiba nesta sexta-feira (24) e conversaram com o juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná, que conduz o julgamento do caso.

    Segundo o deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA), o magistrado autorizou a realização das oitivas. Preferencialmente, elas devem ocorrer após o dia 11, quando deve ser finalizado o interrogatório dos réus pela Justiça.

    A expectativa é que a CPI fique entre três e quatro dias em Curitiba, para ouvir os investigados.

    Até agora, 19 presos que estão em Curitiba já tiveram a convocação aprovada na CPI. Entre eles, estão empreiteiros de construtoras investigadas, como OAS, UTC e Galvão, além do lobista Fernando Baiano, acusado de ser operador do esquema.

    Outros três (os ex-deputados André Vargas, Luiz Argôlo e Pedro Corrêa, presos mais recentemente) também devem ser convocados na sequência.

    A ideia é que as audiências sejam abertas à imprensa e realizadas em local público –uma das opções é a Assembleia Legislativa do Paraná. "Isso vai colaborar para a agilidade processual da comissão", defendeu Imbassahy. "Na ponta do lápis, sai mais barato e dá mais eficiência."

    A maioria dos 27 deputados membros da CPI deve permanecer em Curitiba no período em que forem conduzidos os depoimentos.

    LEGISLAÇÃO

    Os deputados defenderam ainda que a CPI contribua com alterações no processo penal, para dar mais "agilidade" e "reduzir a sensação de impunidade".

    "Vamos contribuir para modernizar a legislação nacional. Isso já ocorreu na CPI dos Correios [que investigou o mensalão]", afirmou Imbassahy.

    O juiz Moro foi convidado a enviar sugestões à CPI nesse sentido, mas nenhuma proposta foi detalhada pelos parlamentares por ora.

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