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    Parte da oposição tenta postergar sabatina de Fachin no Senado

    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    29/04/2015 14h43

    Pedro Ladeira - 15.abr.15/Folhapress
    Luiz Edson Fachin, indicado para o STF pela presidente Dilma Rousseff, durante visita ao Senado
    Luiz Edson Fachin, indicado para o STF pela presidente Dilma Rousseff, durante visita ao Senado

    Uma sessão conturbada na Comissão de Constituição e Justiça marcou a primeira fase de análise da indicação do professor de Direito Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal pelo Senado.

    Senadores da base e de parte da oposição tentaram manobras que pudessem adiar a sabatina de Fachin, marcada para a próxima quarta-feira (6).

    Uma questão regimental, porém, fez com que a sabatina aconteça apenas na segunda semana de maio.

    O tom da sessão desta quarta-feira (29) indica que o nome enfrentará resistências na Casa.

    Durante a sessão, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) apresentou um requerimento para que o colegiado realizasse uma audiência pública para ouvir entidades jurídicas que pudessem embasar os senadores para a sabatina. Seu argumento é que há ainda dúvidas sobre o magistrado.

    PROCURADOR E ADVOGADO

    O pedido de Caiado foi feito após o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) ter questionado o fato de Fachin ter exercido a advocacia enquanto atuou como Procurador do Estado do Paraná, entre 1990 e 2006, o que seria uma prática proibida por lei.

    O relator Álvaro Dias (PSDB-PR) não acolheu o questionamento por considerar que o indicado ao STF seguiu uma legislação estadual vigente na época, o que o permitia atuar como advogado.

    O requerimento para postergar a sabatina foi rejeitado pela maioria da comissão. Votaram a favor apenas os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Agripino Maia (DEM-RN), Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

    Apesar de ser previsto no regimento, não é comum que uma audiência do tipo preceda uma sabatina de indicação ao Supremo.

    Com o requerimento rejeitado, o presidente da CCJ, José Maranhão (PMDB-PB), concedeu vista coletiva à matéria.

    De acordo com regras do regimento interno da Casa, a sabatina pode ser realizada em cinco dias úteis. Com o feriado de 1º de Maio, a sessão poderia acontecer a partir de quinta-feira (7).

    O dia porém, é considerado ruim porque tradicionalmente os senadores viajam para os seus Estados às quintas, e o quórum para votar a indicação poderia ser baixo.

    Por isso, é possível que a sabatina aconteça apenas na segunda semana de maio.

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