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    Deputados terão 'sensibilidade' para votar ajuste fiscal, diz Dilma

    MARINA DIAS
    JULIA BORBA
    DE BRASÍLIA

    06/05/2015 12h35

    Pedro Ladeira/Folhapress
    Dilma Rousseff, no lançamento do plano de defesa agropecuária; para ela, crise na base é 'momentânea'
    Dilma Rousseff, no lançamento do plano de defesa agropecuária; para ela, crise na base é 'momentânea'

    Diante do embate entre os partidos de sua base aliada para a votação das medidas do ajuste fiscal, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (6) que "não se pode fazer análises políticas em cima de climas emocionais momentâneos".

    Segundo a presidente, parte dos deputados "terá a sensibilidade necessária para que se vote o ajuste".

    "É impossível o país achar que vive, de um dia para o outro, grandes transformações. Vamos aguardar para ver como é que transcorre essa votação do ajuste, vamos nos manter tranquilos. Tenho certeza de que haverá, por parte dos parlamentares, a sensibilidade necessária para que se vote o ajuste", disse Dilma após o lançamento do Plano de Defesa da Agropecuária, no Palácio do Planalto.

    Na manhã desta quarta, o vice-presidente Michel Temer reuniu ministros do governo e líderes da base para alinhar a votação do pacote e garantir a aprovação da medida provisória 665, que endurece regras de concessão de benefícios trabalhistas, como seguro-desemprego.

    PMDB e PT seguem em um impasse. Deputados peemedebistas deixaram claro que não irão apoiar o pacote fiscal caso o PT não decida pelo fechamento da questão ainda hoje. Eles estão insatisfeitos com o programa de TV do PT, veiculado nesta terça-feira (5), no qual o ex-presidente Lula ataca o projeto da terceirização e não faz nenhuma defesa do ajuste.

    "Esse é um ajuste restritivo de direitos, que pode ser admitido com algo necessário no atual cenário. Agora, se o partido da presidente não tiver esse convencimento, evidentemente que não seremos nós que teremos", afirmou o líder da bancada do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), que participou da reunião com Temer.

    O fechamento de questão teoricamente obriga todos os 64 deputados petistas a votarem a favor da medida -e quem desrespeitar a decisão fica sujeito a punições.

    Na terça, a bancada petista decidiu apoiar o pacote, mas divergências internas evitaram o fechamento de questão. Na prática, isso possibilitaria que petistas votassem contra a proposta sem risco de punição.

    PANELAÇO

    A presidente Dilma minimizou o panelaço registrado em diversas cidades do país na noite desta terça, durante veiculação do programa do PT em rede nacional e disse que não participou do filme petista porque "nem sempre" faz parte das peças de seu partido.

    "[Manifestação] é normal no Brasil. Vejo [o panelaço] como mais uma manifestação de uma posição diferente da outra", afirmou.

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