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    Em meio a crise, comandante da PM do Paraná pede demissão

    ESTELITA HASS CARAZZAI
    DE CURITIBA

    07/05/2015 19h35

    Orlando Kissner - 15.out.2013/ANPr
    O comandante da PM do PR, coronel Cesar Vinicius Kogut, que pediu demissão, ao lado de Richa
    O comandante da PM do PR, coronel Cesar Vinicius Kogut, que pediu demissão, ao lado de Richa

    O comandante da Polícia Militar do Paraná, coronel Cesar Vinicius Kogut, pediu exoneração na tarde desta quinta-feira (7), por "dificuldades intransponíveis" com o comando da Segurança no Estado.

    Kogut foi um dos responsáveis pela operação policial que deixou quase 200 feridos durante uma manifestação contra o governo de Beto Richa (PSDB), na semana passada.

    O comandante da ação, o secretário de Segurança Fernando Francischini, permanece por ora no cargo, mas deve sair nos próximos dias, segundo apurou a Folha.

    Ele e Kogut se desentenderam publicamente nesta semana, depois que o secretário atribuiu a responsabilidade pela ação, que jogou bombas de gás e tiros de borracha contra os manifestantes por quase duas horas, exclusivamente à PM.

    O coronel rebateu dizendo, em carta ao governador, que Francischini "foi alertado inúmeras vezes" sobre a possibilidade de pessoas se ferirem na ação policial, e chegou a dar "ordens diretas quanto ao desdobramento e à aplicação de tropa".

    Com Kogut fora, a saída de Francischini é iminente.

    O novo comandante-geral da PM ainda não foi definido. O governo, segundo apurou a Folha, promete uma "reestruturação total da área da Segurança" nos próximos dias.

    Richa tem sido extremamente criticado pela população e oposição devido à operação policial. Desde a semana passada, já foi vaiado em teatros e estádios de futebol no Estado.

    Na quarta-feira, Richa já havia demitido o secretário da Educação, Fernando Xavier Ferreira, que lidava diretamente com os professores em greve, líderes da manifestação da semana passada. Oficialmente, Ferreira pediu demissão.

    A demissão de Francischini é cobrada diariamente tanto por aliados do tucano, que querem iniciar uma reação no governo, quanto pelos sindicatos que lideraram o protesto da semana passada.

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