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    Lula monta conselho político para pavimentar eventual candidatura

    CATIA SEABRA
    GUSTAVO URIBE
    DE SÃO PAULO

    18/05/2015 02h00

    Vanessa Carvalho - 1º.mai.2015/Brazil Photo Press/Folhapress
    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ato da CUT e centrais sindicais no centro de SP
    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ato da CUT e centrais sindicais no centro de SP

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem repetido que descarta a hipótese de concorrer à Presidência da República em um cenário político como o atual. Por via das dúvidas, no entanto, ele arregimentou uma equipe para pavimentar uma eventual candidatura em 2018.

    Batizado de "grupo para o futuro", o time foi montado em 2014 e tem se reunido semanalmente no Instituto Lula, seu escritório político na capital paulista.

    Além de assessores da entidade, o conselho de Lula inclui os prefeitos Fernando Haddad (São Paulo) e Luiz Marinho (São Bernardo) e os secretários municipais Alexandre Padilha (Relações Governamentais) e Arthur Henrique (Trabalho).

    As reuniões contam ainda com a participação do empresário Josué Gomes, presidente do grupo Coteminas, do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e do presidente do sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques.

    Até janeiro, quando assumiu o Ministério do Planejamento, Nelson Barbosa foi assíduo participante. Agora, sua presença foi reduzida.

    O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, é um conselheiro eventual.

    Lula conduz o debate baseado em pilares que define como marcos de sua administração: desenvolvimento social, estabilidade, direitos humanos e política externa.

    Insatisfeito com a articulação política do governo da presidente Dilma Rousseff, repete que não tem condições de disputar a Presidência sem propostas. E admite não ter ainda essas respostas.

    Segundo aliados, o petista teme o desvanecimento de seu capital político e está apreensivo quanto ao destino do PT.

    Na opinião de um amigo, pela primeira vez Lula está "sem brilho no olhar".

    Em busca de saídas, o ex-presidente recrutou seus colaboradores. Nos encontros, instiga-os a apresentar soluções. Ele também ouve muitas reclamações e pedidos de intermediação junto à presidente.

    "As reuniões servem de aconselhamento ao presidente [Lula].Para orientá-lo nos movimentos que ele deve fazer", explica Rafael Marques.

    Filho do ex-vice-presidente José Alencar, morto em 2011, Josué Gomes afirma que sua participação depende da disponibilidade de agenda.

    "Participo quando o assunto envolve economia. Para dar um depoimento sobre como estão o mercado e a competitividade", afirma.

    Além dessas reuniões, o instituto organiza a cada 15 dias um encontro ampliado, com a presença dos presidentes do PT, Rui Falcão, e da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas.

    Para esses encontros, realizados num hotel, Lula convida palestrantes. Luciano Coutinho e o economista-chefe do banco Credit Suisse, Nilson Teixeira, já foram lá.

    Instado a falar de sua atuação no time de Lula, Arthur Henrique desconversou: "O time de Lula é o Corinthians".

    Editoria de Arte/Folhapress

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