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    Lava Jato

    Ata da Petrobras mostra que Gabrielli não via nada de 'anormal' em 2009

    ANDRÉIA SADI
    DE BRASÍLIA

    21/05/2015 02h00

    Com a presença do futuro delator da Operação Lava Jato Paulo Roberto Costa e sob a presidência de Dilma Rousseff, ata do Conselho de Administração da Petrobras de 2009 informa que, pelas análises da estatal, não havia nada de "ilegal" ou "anormal" para ser investigado pela CPI do Senado da época.

    A ata de 30 de julho de 2009, a que a Folha teve acesso, diz que o então presidente da estatal José Sergio Gabrielli fez a apresentação sobre a CPI ao conselho. Hoje presidente da República, Dilma Rousseff presidiu a reunião por videoconferência.

    Estavam presentes os então diretores da estatal Graça Foster, Almir Barbassa e Guilherme Estrella, além de Costa.

    Pedro Ladeira/Folhapress
    O ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli, que disse não ver nada de 'anormal' na Petrobras
    O ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli, que disse não ver nada de 'anormal' na Petrobras

    Na reunião, os membros do conselho receberam o requerimento da constituição da CPI e foram "informados detalhadamente sobre as principais proposições de investigação" e "que nas análises da companhia não há nada de anormal, ilegal ou que justifique a CPI", diz a ata.

    Quinze dias antes do encontro, senadores haviam instalado uma comissão de inquérito com a finalidade de apurar, entre outros pontos, indícios de superfaturamento na construção da refinaria Abreu e Lima (PE), apontados por relatório do TCU (Tribunal de Contas da União).

    A Petrobras só criou uma comissão interna para investigar a obra em abril de 2014, após a Operação Lava Jato expor a corrupção na estatal.

    OUTRO LADO

    A Petrobras disse que não comentaria "informações supostamente oriundas de vazamentos ilegais". O Planalto também preferiu não se manifestar. A reportagem não obteve resposta de Gabrielli nem do advogado de Costa até a conclusão desta edição.

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