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    De olho em reaproximação com sigla, Dilma irá a evento petista em junho

    ANDRÉIA SADI
    MARINA DIAS
    DE BRASÍLIA

    24/05/2015 02h00

    Após irritar a cúpula petista ao cancelar o pronunciamento de 1º de Maio e deixar de gravar para o programa do PT, a presidente Dilma Rousseff ensaia reaproximação com o partido em junho, no congresso da sigla.

    A relação entre ela e o PT sempre foi tensa, mas se deteriorou nos últimos meses. No início do segundo mandato, Dilma demitiu o núcleo ligado ao ex-presidente Lula do Planalto, alijando representantes da corrente majoritária da sigla, a CNB (Construindo um Novo Brasil), das principais decisões do governo.

    Além disso, nomeou Joaquim Levy (Fazenda) e Kátia Abreu (Agricultura), ministros criticados nas bases petistas.

    Assessores confirmaram à Folha que Dilma estará, ao lado de Lula, no congresso do PT, que ocorre de 11 a 13 de junho em Salvador. A presença da presidente faz ainda parte da estratégia do governo de retomar aparições públicas dela, suspensas a médio prazo para blindar sua imagem em tempos de panelaço.

    Ed Ferreira/Folhapress
    A presidente Dilma Rousseff durante a cerimônia de sanção do Marco da Biodiversidade, em Brasília
    A presidente Dilma Rousseff durante a cerimônia de sanção do Marco da Biodiversidade, em Brasília

    DIA DO TRABALHO

    Dilma cancelou o pronunciamento do Dia do Trabalho e sua fala no programa do PT na TV. No Planalto, a justificativa foi a de que ela queria se "descolar" da sigla em meio aos desdobramentos da Operação Lava Jato. Dirigentes petistas, porém, dizem que não a convidaram para gravar.

    Integrantes do Planalto avaliam como "simbólica" a ida da presidente ao evento. No último dia 13, o presidente da legenda, Rui Falcão, a convidou oficialmente e ouviu dela que adequaria sua agenda porque tem "muita disposição em participar."

    O PT espera que, ao ir ao congresso, Dilma "testemunhe" e "chancele" diversas bandeiras do partido que reaproximarão o PT e o governo de suas bases históricas.

    Em meio ao ajuste fiscal, Dilma será cobrada para retomar o crescimento econômico e vetar o projeto de lei sobre a terceirização. Além disso, o ouvirá discussões sobre taxar heranças e o fim do fator previdenciário, temas caros ao governo.

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