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    'PSDB não tem projeto de país', diz vice-presidente do partido

    CATIA SEABRA
    GUSTAVO URIBE
    DE SÃO PAULO

    27/05/2015 02h00

    O debate da reforma política expôs nesta terça-feira (26) as fissuras internas do PSDB e trouxe críticas à atuação do presidente nacional do partido, Aécio Neves (MG).

    No momento em que parte da bancada tucana ameaçava apoiar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na defesa do "distritão", o primeiro vice-presidente do partido, Alberto Goldman (SP), afirmou que "a falta de debate interno se agravou no período recente, de Aécio Neves".

    Candidato derrotado à sucessão presidencial no ano passado, o senador mineiro assumiu o comando da sigla em 2013 e deve ser reconduzido para o cargo até 2017.

    Ex-governador de São Paulo, Goldman manifestou suas queixas numa carta endereçada nesta terça-feira (26) à cúpula nacional do partido.

    No documento, ele afirma que atualmente os tucanos não são capazes de dizer o que fariam se tivessem vencido as eleições presidenciais

    "Nós não temos um projeto de país", reclamou.

    Segundo ele, o "distritão" é uma "aberração". Ele queixou-se ainda que matérias importantes, como a reforma política e mudanças na Previdência, "não são discutidas e decididas pelo partido em seu foro natural e legítimo".

    O líder do PSDB no Senado Federal, Cássio Cunha Lima (PB), reagiu, afirmando que "divergências são da natureza democrática" do partido. "Estivesse Goldman participando mais ativamente do dia a dia da ação das bancadas, certamente teria posição diferente sobre a firme condução de Aécio Neves", disse.

    As queixas, porém, reverberam entre aliados do governador Geraldo Alckmin (SP), que reclamam da concentração de poder em Aécio.

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