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    Lava Jato

    PF investiga ameaças contra ministro que conduz inquéritos

    GABRIEL MASCARENHAS
    DE BRASÍLIA

    31/05/2015 02h00

    Relator dos inquéritos sobre os políticos suspeitos de envolvimento com o esquema de corrupção descoberto pela Operação Lava Jato na Petrobras, o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki sofreu ameaças há aproximadamente um mês.

    A intimidação ocorreu em mensagem enviada por e-mail. A equipe de seguranças do Supremo identificou o autor da texto, cujo nome está sendo mantido em sigilo, e enviou um relatório à Polícia Federal. O caso foi encaminhado diretamente ao diretor-geral, Leandro Daiello.

    A PF está investigando o ocorrido e, no primeiro momento, tenta saber a motivação do responsável pela mensagem. O inquérito ficará a cargo da Superintendência da PF no Distrito Federal.

    No e-mail, o emissor usa palavras para constranger e ofender o ministro. O texto, no entanto, não faz referência à Lava Jato nem a nenhum outro processo específico.

    Como relator dos inquéritos sobre políticos, Zavascki conduz investigações sobre 51 pessoas no Supremo, incluindo os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

    Alan Marques - 10.fev.2015/Folhapress
    O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal
    O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal

    Procurado, o STF informou por meio de sua assessoria de imprensa que não comentaria o episódio das ameaças. A assessoria destacou apenas que o tribunal monitora a segurança de todos os ministros da corte e que não há registros de riscos contra eles.

    O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, viveu situação semelhante há cerca de três meses, pouco antes de apresentar ao STF os pedidos de abertura de inquérito para investigar os políticos.

    O Ministério da Justiça informou o procurador, em fevereiro, que haviam sido detectados sinais de risco à sua integridade física. Desde então, a segurança permanente de Janot foi reforçada.

    Um mês antes do alerta feito pelo Ministério da Justiça, a casa do procurador-geral em Brasília havia sido arrombada. Na ocasião, os bandidos levaram somente o controle remoto do portão eletrônico do imóvel.

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