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    No Paraná, professores protestam com café em frente à casa de Beto Richa

    ESTELITA HASS CARAZZAI
    DE CURITIBA

    08/06/2015 13h04

    Em greve há 42 dias, professores do Paraná protestaram nesta segunda-feira (8) com um café da manhã em frente à casa do governador Beto Richa (PSDB).

    Cerca de 50 pessoas estenderam uma toalha em frente ao prédio onde o tucano mora, no bairro Ecoville, em Curitiba, com café, pães, margarina, frutas e frios. A categoria pede reajuste salarial igual à inflação.

    Com um megafone, os professores cantavam e pediam a presença do governador, que não apareceu. O protesto começou por volta das 7h e foi até as 9h. "Ô Beto Richa, como é que é, nós trouxemos o seu café", gritavam.

    Arquivo pessoal
    No Paraná, professores protestam com café em frente à casa do governador Beto Richa
    No Paraná, professores protestam com café em frente à casa do governador Beto Richa

    O sindicato da categoria já organizou protestos similares nesta greve: o café também foi ofertado em frente à casa do líder de Richa na Assembleia, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), e de outros deputados estaduais aliados do governador por todo o Estado.

    O tucano não quis comentar o episódio desta manhã, mas, na semana passada, criticou a prática durante um pronunciamento a prefeitos. Disse que os deputados estavam sendo vítimas de "terrorismo psicológico" e que os manifestantes "desrespeitavam as famílias" dos parlamentares ao protestarem em frente às suas casas. "Não podemos aceitar esse tipo de comportamento. Não é na pressão que vão vencer essa queda de braço", afirmou.

    O sindicato dos professores fará uma assembleia nesta terça (9) para decidir se encerra ou não a greve. O governo do Paraná fez uma nova proposta de reajuste salarial na semana passada. Pela proposta, o governo concede 3,45% (referente à inflação de maio a dezembro de 2014) a ser pago em outubro deste ano. Novos reajustes serão dados em janeiro de 2016 e janeiro de 2017, correspondentes à inflação dos últimos doze meses. Em 2017, o salário ainda seria acrescido de 1% de ganho real.

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