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    PT economiza metade do orçamento e congresso do partido sai por R$ 2 mi

    CATIA SEABRA
    MARINA DIAS
    ENVIADAS ESPECIAIS A SALVADOR

    11/06/2015 14h08

    Organizado em um hotel quatro estrelas de Salvador, o 5º Congresso do PT, que começa nesta quinta-feira (11), custou R$ 2 milhões aos cofres do partido.

    Os gastos incluem hospedagem, uma refeição diária e passagens para 800 delegados e lideranças petistas que se reúnem até sábado para discutir os rumos do partido diante da maior crise já enfrentada pela sigla.

    Segundo o tesoureiro do PT, Márcio Macedo (SE), houve uma redução de 50% do orçamento inicial para a realização do evento. Os gastos previstos eram, num primeiro momento, de R$ 4,5 milhões.

    "Estamos apertando as contas", diz o tesoureiro.

    Já Romênio Pereira, secretário-geral nacional do PT, disse que algumas despesas foram cortadas para garantir a economia. "Serão só dois almoços pagos pelo partido, na quinta e na sexta, e o consumo do frigobar ficará por conta dos delegados."

    Os petistas não puderam antecipar a chegada nem prorrogar a permanência na capital baiana. O PT pagou apenas a hospedagem entre a manhã de quinta e a manhã de sábado.

    FINANCIAMENTO

    Ainda em tempos de ajuste –do governo e do partido–, a cúpula do PT estuda a hipótese de recuar da decisão que proíbe o recebimento de doações empresariais ao partido, abrindo exceção para o período eleitoral.

    A ideia é flexibilizar a proposta para que doações desse tipo sirvam para pagar dívidas de campanha, geralmente da ordem de milhões.

    Para Romênio, o partido foi "precipitado" ao proibir o financiamento privado sem prévia decisão do congresso petista, instância máxima do petista.

    Em abril, quando o então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi preso na Operação Lava Jato, o diretório nacional aprovou medida que proibia o recebimento de doações de empresas privadas pelo partido, mas a decisão precisava ser referendada pelo congresso da legenda, em Salvador.

    No entanto, a tendência de a Câmara dos Deputados aprovar na reforma política a proibição de doações de empresas só a candidatos colocou em xeque a proposta do PT, que decidiu adiar a discussão.

    Editoria de Arte/Folhapress

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