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    Ação para derrubar financiamento privado é 'peça falsa', diz Cunha

    RANIER BRAGON
    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    11/06/2015 16h24

    O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reuniu-se no final da tarde desta quinta-feira (11) com a ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber. O motivo da visita, segundo o peemedebista, era mostrar a Weber que o pedido para anular decisão da Câmara favorável à constitucionalização do financiamento privado das campanhas é baseado em uma "peça falsa".

    Logo após o plenário da Câmara aprovar a inclusão na Constituição da permissão que empresas financiem os partidos políticos, siglas lideradas pelo PT ingressaram no STF com um mandado de segurança para tentar derrubar a votação.

    Eles questionam a manobra política adotada por Cunha, que após uma primeira rejeição pelo plenário da Câmara, quebrou um acordo político de que o tema só seria votado uma vez e o colocou novamente em votação. Por meio de uma pressão sobre aliados, a proposta acabou sendo aprovada.

    "Me pareceu que o texto do mandato estava tão mentiroso, que eu preciso mostrar que é uma litigância de ma-fé. Aquela peça é uma peça falsa, então faço questão de levar até ela [Weber, que relata o caso] para falar isso", afirmou Cunha.

    O peemedebista foi à corte acompanhado por uma comitiva de dez líderes partidários do DEM, PSDB, PMDB, Solidariedade, PR, PTB, PRB, PSC, PHS e PEN.

    Ele deixou a reunião sem dar detalhes da conversa com a ministra. "Foi um encontro que não me cabe comentar. Eu levei os documentos que foram solicitados", afirmou ao voltar para a Câmara.

    Segundo Cunha, não há prazo para uma decisão.

    AMEAÇA

    Em seu blog, o colunista da revista "Veja" Lauro Jardim publicou nesta quinta que Cunha fez chegar a Weber, por meio de um ministro da corte, a ameaça de que se ela der uma liminar favorável ao pedido dos partidos de esquerda haverá retaliação na Câmara em projetos de interesse do STF.

    Cunha negou e disse que irá processar o jornalista.

    Ligado ao mundo empresarial, Eduardo Cunha foi o principal articulador da aprovação da constitucionalização do financiamento privado das campanhas. Seu objetivo é barrar a inclinação do STF de proibir a prática. O texto aprovado na Câmara precisa ainda de uma segunda votação e da análise do Senado.

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