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    Tucanos de SP lançam Alckmin como candidato à Presidência em 2018

    DANIELA LIMA
    DE SÃO PAULO

    15/06/2015 02h04

    A eleição da nova cúpula do PSDB de São Paulo, neste domingo (14), marcou o início da ofensiva oficial do tucanato paulista pela candidatura do governador Geraldo Alckmin à Presidência, em 2018.

    "Ele é o nosso candidato ao Planalto", disse à Folha o deputado estadual Pedro Tobias (PSDB-SP), novo presidente estadual da sigla. "E nós temos que começar a trabalhar por isso já", concluiu.

    Tobias, que já durante o discurso na convenção havia defendido a candidatura de Alckmin, afirmou que marcará reuniões com dirigentes de outros Estados para defender o nome do governador.

    Este foi o movimento mais ostensivo de aliados em busca da construção de um caminho dentro do PSDB pelo lançamento de Alckmin.

    Hoje, o governador divide o posto de presidenciável tucano com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que perdeu para a presidente Dilma Rousseff por uma margem apertada de votos no ano passado.

    Tobias afirmou que a defesa aberta de Alckmin "não pode melindrar ninguém".

    "São Paulo é a base do partido para o Brasil e foi mais importante do que Minas para o resultado que o Aécio teve na eleição que disputou", disse o deputado. "Eu o apoiei em 2014 e tenho certeza que ele entenderá o movimento do Estado. Acho que o Alckmin agora é o melhor nome e que tem chances de vencer."

    Aécio teve quase 65% dos votos paulistas, mas não venceu em seu colégio eleitoral.

    'PAÍS DOENTE'

    O próprio Alckmin aproveitou a convenção para marcar o tom do novo discurso de afirmação política no PSDB.

    Conhecido pela moderação, ele rompeu com seu estilo habitual ao dizer que o "futuro do Brasil não pode pagar a conta pelos malfeitos da última década". "O PT pode ser tudo, menos um partido político. Um partido político se faz com ética", afirmou.

    Alckmin disse ainda que é "triste" o desempenho da economia do país e apresentou São Paulo como um exemplo de êxito, mesmo em um conturbado cenário nacional.

    Tobias, em seu discurso, afirmou que o país está "doente" e precisa de "um médico para salvá-lo". O governador é médico anestesista.

    Aliados de Aécio disseram que a movimentação de Alckmin é evidente e "legítima". "Ele quer ser candidato, tem o direito de querer e está deixando isso claro", afirmou um deputado ligado ao mineiro.

    A ala que apoia o senador diz, no entanto, que Alckmin terá que ultrapassar o "recall" que Aécio tem hoje do eleitorado. Para eles, será o potencial de vitória às vésperas da eleição que determinará o nome do candidato.

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