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    Janot se inscreve para recondução ao cargo de procurador-geral

    MÁRCIO FALCÃO
    DE BRASÍLIA

    15/06/2015 13h41

    Alvo de ataques e de promessas de retaliação da cúpula do Congresso, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, oficializou nesta segunda-feira (15) sua inscrição para disputar a indicação dos procuradores para ser reconduzido ao cargo.

    Por enquanto, Janot tem como adversário o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos. O prazo para manifestar interesse na corrida se encerra no fim da tarde desta segunda.

    O subprocurador-geral Mario Luiz Bonsaglia e a subprocuradora-geral Raquel Dodge também se inscreveram na disputa.

    Após a definição dos concorrentes, os candidatos terão 50 dias para pedir votos e convencer seus pares. A formação da lista tríplice eleita pela categoria para ser enviada para a presidente Dilma Rousseff será no dia 5 de agosto.

    Ed Ferreira - 25.mai.2015/Folhapress
    O procurador-geral da Republica, Rodrigo Janot, durante lançamento de campanha contra a corrupção
    O procurador-geral da Republica, Rodrigo Janot, durante lançamento de campanha contra a corrupção

    O Ministério Público Federal é um órgão independente dos Três Poderes e seu chefe, o procurador-geral da República, é indicado pelo presidente da República e nomeado por ele após aprovação do nome pelo Senado.

    Pelas regras, o mandato é de dois anos, permitidas sucessivas reconduções. Não existe obrigatoriedade para que Dilma escolha o primeiro nome da lista, mas costuma ser praxe.

    Os dois procuradores-gerais anteriores a Janot, Roberto Gurgel (2009-2013) e Antonio Fernando de Souza (2005-2009), foram reconduzidos ao cargo uma vez. Geraldo Brindeiro, que ocupou o cargo durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1994-2002), foi reconduzido mais de uma vez —ele foi procurador-geral da República entre 1995 e 2003.

    O mandato de Janot termina no dia 17 de setembro. O procurador-geral, no entanto, entrou na mira dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que são investigados no STF (Supremo Tribunal Federal) por suposta participação no esquema de corrupção da Petrobras.

    Os peemedebistas afirmam que Janot fez uma escolha política de quem investigar nos desdobramentos da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Há a ameaça de que seu nome seja barrado pelo Senado.

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