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    Lava Jato

    Camargo contrata novo presidente após demissão de réus na Lava Jato

    DAVID FRIEDLANDER
    DE SÃO PAULO

    23/06/2015 17h14

    A Camargo Corrêa anunciou a contratação de Artur Coutinho para ocupar a presidência da empresa no lugar de Dalton Avancini, réu na Operação Lava Jato e colaborador na investigação que apura um esquema de corrupção na Petrobras.

    Tanto Avancini quanto outros dois executivos da companhia, Eduardo Leite e João Auler –que também são réus no processo– estavam afastados desde sua prisão em novembro de 2014 e foram demitidos recentemente. Segundo a empresa, Avancini foi demitido na semana passada.

    Avancini e Leite fizeram acordo de delação premiada com a Justiça, em troca de penas mais brandas. Ambos estão em prisão domiciliar. Os dois disseram que a Camargo participava grupo de empreiteiras que pagava propina para conseguir contratos na Petrobras.

    João Auler, presidente do conselho da construtora, não aceitou colaborar com a Justiça, mas também foi demitido. Segundo a Camargo Corrêa, as demissões foram decididas no dia 28 de abril pelo conselho de administração da empresa e efetuadas de lá para cá.

    A Camargo anunciou também a contratação de Flavio Rímoli para cuidar da diretoria de governança corporativa da empreiteira, que acaba de ser criada.

    Coutinho e Rímoli fizeram carreira na Embraer. O novo comandante da empreiteira era vice-presidente de operações da companhia, onde trabalhou 28 anos.

    Em nota, a Camargo Corrêa afirma que a "designação de uma nova liderança e a criação da diretoria de governança corporativa evidenciam o compromisso da construtora em adequar-se às melhores práticas de mercado e aos novos desafios impostos pelas transformações no modelo de desenvolvimento de negócios do setor de construção civil".

    ODEBRECHT

    Na Odebrecht, o executivo Alexandrino de Salles Ramos de Alencar oficializou seu pedido de demissão na noite desta segunda-feira (22) para "se dedicar integralmente à defesa".

    Preso na última fase da Operação Lava Jato na última sexta (19), Alexandrino era diretor de relações institucionais da Odebrecht e um dos elos entre a construtora e doações para campanhas eleitorais.

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