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    Lava Jato

    Andrade Gutierrez contesta prisões em anúncio

    DE SÃO PAULO

    23/06/2015 21h44

    Em anúncio publicado na Folha e em outros jornais de grande circulação nesta quarta (24), o grupo Andrade Gutierrez contesta as prisões de executivos e ex-diretores da empresa na Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras.

    De acordo com o texto, há "profunda indignação" do grupo em relação às detenções do presidente do grupo Otávio Azevedo, do diretor Elton Negrão e dos ex-executivos da empresa Paulo Dalmazzo e Antônio Pedro Campello Dias. A companhia entende que as prisões foram desnecessárias e ilegais.

    O grupo afirma que nunca participou de cartéis e que não há provas concretas ou fundamentos objetivos que justifiquem as detenções.

    O texto rebate a principal acusação feita pela força-tarefa da Lava Jato, usada pelo juiz federal Sergio Moro para fundamentar a prisão do presidente do grupo.

    O juiz apontou como suspeita uma transferência de R$ 500 mil do lobista Fernando Baiano para Azevedo, que seria referente ao pagamento de uma lancha.

    Segundo o magistrado, além dessa operação, há provas de que a Andrade Gutierrez repassou R$ 1,19 milhão para uma empresa de Baiano, que seriam usados para pagamento de suborno a dirigentes da Petrobras.

    No texto publicado no jornal, a Andrade Gutierrez aponta que a operação envolvendo a lancha foi uma venda feita por Azevedo para Baiano, que foi registrada nos órgãos oficiais e declarada à Receita Federal.

    A transação não tem qualquer ligação com os fatos investigados na Lava Jato, afirma o anúncio.

    Em relação à detenção de Elton Negrão, o texto argumenta que não há nenhuma prova de que um contrato de prestação de serviços assinado por ele com uma empresa investigada na Operação Lava Jato tenha sido usado para repassar propinas a dirigentes da estatal.

    Segundo o grupo, as prisões dos ex-diretores Paulo Dalmazzo e Antônio Campello Dias seguiram "o mesmo padrão de falta de provas".

    A Andrade Gutierrez afirma que é a 14ª colocada entre as empresas com maiores contratos com a Petrobras no período investigado na Operação Lava Jato, "o que não condiz com a acusação de que estaria na liderança de um cartel" que fraudou licitações da estatal.

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