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    Após quatro horas, polícia descarta bomba em frente ao Planalto

    MARINA DIAS
    DE BRASÍLIA

    24/06/2015 15h45

    O Esquadrão de Bombas da Polícia Militar do Distrito Federal foi acionado nesta quarta-feira (24) para averiguar conteúdo de três volumes abandonados em frente à rampa do Palácio do Planalto, em Brasília.

    A ação durou cerca de quatro horas e, no início da noite, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República) emitiu nota afirmando que "não foram encontrados objetos que pudessem causar riscos de natureza pessoal ou material".

    Segundo o capitão Eduardo Matos, comandante do Esquadrão de Bombas do Bope, a segurança da Presidência da República informou que um homem deixou três volumes em frente ao Planalto por volta do meio-dia desta quarta e seguiu para o ponto de ônibus que fica nas imediações.

    As informações foram conseguidas após consulta às câmeras de segurança do Palácio do Planalto.

    Com a ajuda de um robô que transmite imagens para uma tela monitorada pelos agentes do Bope, os policiais constataram que em duas das três mochilas havia só objetos de higiene pessoal, equipamentos eletrônicos, livros e roupas.

    O robô utilizado para a averiguação possui três câmeras que orientam seus movimentos e transmitem as imagens para uma tela monitorada por agentes do Bope.

    O Bope, porém, não conseguiu identificar o conteúdo da terceira mochila e, por isso, os volumes foram levados para o estacionamento do Centro Cultural Oscar Niemeyer, local considerado pelos policiais "mais seguro" para fazer o que chamam de "explosão controlada".

    Depois dela, disse o capitão, foi descartado a presença de qualquer explosivo dentro das mochilas.

    Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a presidente Dilma Rousseff permaneceu em seu gabinete durante toda a ação, cumprindo agenda normal.

    "Por questões de segurança, trabalhamos com o grau de periculosidade máximo, e estamos sempre em contato com a segurança da Presidência da República", disse Matos."Não podemos fazer recomendações à segurança da presidente", completou o capitão.

    AÇÃO

    Às 15h30, o trânsito do local havia sido isolado e três viaturas do Bope, três carros do Corpo de Bombeiros, quatro ônibus da PM, viaturas e motos policiais já haviam chegado às imediações para iniciar a verificação do que parecia ser uma mala de viagem e duas mochilas.

    Perto das 16h, quando a ação antibomba foi iniciada, manifestantes que se concentravam em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal) cruzaram a Praça dos Três Poderes em direção ao Palácio do Planalto, rompendo as grades de proteção, o que causou tumulto. Aparentemente, eles não sabiam o que estava ocorrendo no local.

    O movimento causou corre corre entre os policiais e seguranças da Presidência da República, que tentaram conter às pressas os manifestantes. Uma das pessoas conseguiu romper o bloqueio e foi contida com golpes de cassetete. Gás de pimenta também foi usado para dispersar o protesto.

    O trânsito do local foi interrompido das 15h30 até, pelo menos, às 20h30 desta quarta-feira.

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